As CDLS na frente

15/12/2017|

16:06

As Escolhas para Mudar o País

O Brasil se aproxima do final da segunda década do século XXI e ainda persiste o paradoxo de país rico e povo pobre. Temos o potencial para estar entre as nações mais poderosas do mundo, porém essa é uma verdade com a qual convivemos há muito tempo, sem de fato avançar no plano prático. Recentemente aprendemos o quanto são nocivas e perigosas as políticas de distribuição de renda sem sustentabilidade. Simplesmente transferir renda aos mais pobres, sem um investimento maciço em educação, na geração de oportunidades, na infraestrutura costuma comprometer as finanças do setor público e não gera os resultados esperados. Diante disso, nossas expectativas imediatas estão focadas nas reformas, em especial as da Previdência e tributária, mas também administrativa e política. A reforma da Previdência é uma questão matemática e os números não estão sujeitos à influência política. Já assistimos vários países do Primeiro Mundo que contrariaram o alerta dos números e quebraram suas economias. Além do equilíbrio na equação entre os que pagam e os que recebem, a Previdência precisa ser modificada para eliminar privilégios e distorções, presentes em especial no funcionalismo. A reforma tributária é uma cantilena que se repete há décadas, todavia os governos e o Congresso optaram sempre em soluções provisórias, em ‘puxadinhos’, em sucessivos REFIS a cada crise e a cada endividamento das empresas. Precisamos de poucos impostos, mas abrangentes e fáceis de recolher. Muita gente pagando pouco gera muita receita. E eliminar a burocracia fiscal significa reduzir o tempo e o dinheiro dedicado a tarefas que nos desviam da produção, do objeto de nossos negócios. Também é inevitável e urgente que o tamanho do aparelho de Estado seja reduzido – e consideravelmente. Temos estruturas públicas inchadas, quase sempre ineficientes e com desvios de finalidade. Quem paga essa conta é o contribuinte, o trabalhador e o empresário. O dinheiro público deve pagar, prioritariamente, a conta da educação, da saúde, da segurança e da infraestrutura. São assuntos complexos, contudo essenciais para que o país se ajuste, tenha segurança jurídica e, sobretudo sustentabilidade. Uma política é sustentável se ela produzir resultados em médio e longo prazo, não apenas focada no imediato. O ano pode terminar de forma muito positiva se o Congresso aprovar a reforma da Previdência e sinalizar ao mundo que estamos fazendo o ‘dever de casa’ e assim atraindo investidores, que não gostam ou simplesmente não aceitam aportar recursos em países com déficit público gigantesco como o Brasil e diante de uma bancarrota em médio prazo. A reflexão final é inevitável: as reformas passam pelo Congresso e, em 2018, temos eleições. Nosso país deve começar mudando a partir de nossas escolhas.

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