Disrupção. O termo ainda é desconhecido pela maioria das pessoas, pouco usado para falar e escrever, mas é importante estar atento a ele, pois a palavra está por trás de mudanças radicais na forma de gestão, de consumo e no modo como produtos e serviços são oferecidos. Diante disso, o empresário deve ficar atento aos movimentos do mercado e se antecipar nas inovações para não sucumbir frente à nova realidade trazida por um novo modelo de negócio que a disrupção provoca.
Decifrando, disrupção significa interrupção do curso normal de um processo. E, no caso do ambiente de oferta de produtos, a disrupção causa uma revolução, cria um novo mercado e desestabiliza os concorrentes que antes eram líderes no setor, resultando em novos hábitos e novas experiências para as pessoas.
Tudo isso é causado pela combinação de tecnologia, mobilidade, plataformas sociais e sistemas de “cloud”, este último conhecido como “nuvem”, que culminam por oferecer às pessoas um serviço com preço acessível, inovador, prático e de fácil acesso.
Alguns exemplos desse fenômeno são as máquinas fotográficas digitais, que aposentaram de vez a utilização das câmeras analógicas por fotógrafos profissionais. Mais recentemente, surgiram plataformas, como o Netflix, que deu um duro golpe nas locadoras de vídeos ao disponibilizar acesso online a uma gama de filmes e séries por um preço bem acessível. O YouTube e os próprios telefones celulares também foram disruptivos.
O termo é relativamente novo, ganhou fama com o professor de administração de Harvard Clayton M. Christensen, que falou amplamente sobre o tema no “Disruptive Technologies: Catching the Wave”, de 1995. Dois anos mais tarde, a descrição do termo foi aprofundada em seu livro “O Dilema da Inovação – Quando As Novas Tecnologias Levam Empresas Ao Fracasso”. Apesar disso, a disrupção existe desde que o mundo é mundo. Os barcos a vapor e a própria revolução industrial mexeram com as estruturas e formas de se trabalhar até então estabelecidas.
Mas, a disrupção é de todo ruim? “Não se se houver preparo e planejamento. Diante da disrupção, o empresário é obrigado a sair de sua zona de conforto para se adaptar à nova realidade, tem de se reinventar, repensar seu modelo para permanecer no mercado. Desanimar diante desta realidade é sinônimo de perder espaço”, diz o presidente da FCDL/SC, Ivan Tauffer. “Atualmente, o varejo é muito influenciado pelo digital e chegou a hora de repensar o modelo de negócio. Para se manter nesta nova era é preciso entregar valor, preço competitivo, com atendimento e um serviço superior, provocar uma experiência de compra única a este novo cliente digital e engajado”, completa o dirigente lojista.