FCDL Notícias
5 dicas para o varejo em tempos de crise.
A ideia desta compilação surgiu devido ao ambiente desafiador que o
Brasil vive, mas também por entender que às vezes podemos estar
deixando de lado o fundamental do varejo, o básico, o arroz com feijão.
Diante de um cenário de incertezas, acompanhe nossas dicas!
1- Um olho na venda e outro no caixa.
Pode parecer bem simples, mas o foco somente na venda, não é a melhor
ideia. Todo mundo já notou que o fluxo nos malls dos shoppings e nas ruas
de comércio mais movimentados do país tem diminuído.
Consequentemente para as marcas que não estão bem presentes na
cabeça do consumidor uma pequena queda nas vendas é inevitável, até ai
não há novidades.
A diferença é que alguns varejistas já vinham observando isto faz mais de
um ano e medidas de ajuste, cortes e todo tipo de redução de gastos já
foram feitas, se este não é o seu caso não deixe de olhar com muita
cautela para seus custos fixos e operacionais e mãos na tesoura. Faça isso
hoje.
Todo o tipo de incentivo a equipe de vendas também é bem vindo, pois o
salário do seu funcionário caiu na mesma proporção da redução de suas
vendas, se este não é seu caso o incentivo vem em um momento em que a
despesa de todos subiu e será muito bem recebido.
Na esfera da geração de caixa é que será necessário um esforço maior,
pois pagamos um dos juros mais caro do mundo, seja para descontar uma
duplicata ou fazer um empréstimo de capital de giro (mesmo com a Selic
em 5.5% aa) Em uma época como esta é bem difícil as empresas
trabalharem exclusivamente com o capital próprio, mais de 80% do varejo
brasileiro recorrem aos bancos. Se o varejista permanece por muito
tempo no CTI dos (juro alto), corre risco grande de pegar todo o tipo de
infecção e ai é que a coisa fica complicada, pois poucos negócios
conseguem sobreviver por muito tempo nesta situação, ou seja, foque sua
equipe para gerar caixa, e cuide do caixa.
2- Manter um cliente frequente é mais barato que conquistar um novo.
A reclamação do mau atendimento por parte de vendedores e gerentes
dos mais diversos segmentos é ainda o padrão e não o contrário. O cliente
hoje é em muitas ocasiões bem informado sobre o que necessita. Sabe
como quer e qual preço pretende pagar – avaliando assim se a relação
valor x benefício é justa.
Se não existe investimento na capacitação das equipes fica difícil cobrar
desempenho. A realidade de uma competição acirrada é a verdade do
mercado hoje, e às vezes conhecer um pouco mais do seu produto, ter
uma boa estória para contar e ser gentil são aspectos raros. Se possível
surpreender para ir um pouco além do atendimento tradicional com um
mimo uma pequena delicadeza, que não seja nenhum beneficio
financeiro, mais simplesmente a valorização deste cliente frequente, que
no fim, é quem paga o grosso das contas da empresa. Como o princípio de
Pareto diz: 20% dos clientes resolvem 80% dos problemas.
3- O digital veio para ficar, mas gaste bem seu tempo antes de entrar.
Com certeza 100% das empresas e negócios precisam de alguma forma
manter sua presença digital. Seja através de um site, blog ou rede social, a
análise deve ser feita cuidadosamente, se possível com a ajuda de
especialistas.
A presença nas redes sociais é obrigatória, porém qual rede social, mais
indicada para os objetivos da empresa, qual a estratégia a ser usada e para
qual publico? Estas são perguntas que normalmente tem sido feitas
somente ao final de experiências mal sucedidas.
A web é também um espaço onde reputações podem ser criadas com
muito trabalho, expertise e dinheiro, de outro lado os deslizes custam caro
à reputação das marcas. Tenha calma e gaste seu tempo avaliando quem
faz a diferença no seu segmento, e procure descobrir as melhores
práticas.
4- O valor de uma boa experiência.
Que a maioria dos produtos virou commodities parece que todo mundo já
sabe. A dificuldade tem sido como demonstrar qualidades únicas e
benefícios exclusivos quando tudo no mercado é igual, ou muito parecido.
Sem dúvida a marca tem um papel a cumprir, carregando os adjetivos que
construíram uma reputação, mas o cliente parece estar ligando menos
para isto.
Conhecer o seu cliente vai exigir mais do que todos os softwares de CRM
ou AI do mercado entregam, mas às vezes um simples nome próprio,
aumenta a sua chance de fechar uma venda. De volta ao básico, vire sua
empresa para o cliente.
5- Cuide da motivação de toda a equipe.
Toda equipe de vendas tem seus altos e baixos, e o stress do dia a dia é
em diversas ocasiões transportado para o salão de vendas, cotas não
batidas, o desgaste das cobranças, e diversos outros motivos que não
imaginamos, podem estar eliminando o moral das equipes.
Neste cenário o acompanhamento, a escuta paciente, a avaliação
criteriosa da performance de todos, com ferramentas eficientes, é
imprescindível para definir o rumo e empurrar cada colaborador em
direção aos seus objetivos.
Estímulos financeiros, caixinhas, concursos, jogos e a conversa cara a cara,
são fundamentais para compreender o espírito, e o momento de cada um.
Você que é a locomotiva deste grupo, seja como gerente, supervisor,
diretor ou dono, tem a oportunidade de ouvir e dar o exemplo positivo,
mesmo nas mais adversas situações. Servir e dar o exemplo são ainda os
mantras de quem inspira motivação.
PS: É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida
interessante, e diante das dificuldades, só deveremos ficar preocupados
com a melhor maneira de seguir em frente.
* por Marcos Corrêa, administrador e consultor de Branding e varejo
Fonte: Falando de Varejo.Com