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A integração da Realidade Virtual com o comércio eletrônico vai transformar o varejo
O comércio eletrônico é um caminho sem volta no varejo. O problema é
que tem sido cada vez mais complexo conseguir rentabilizar a operação.
A combinação da conveniência de poder escolher, analisar, avaliar e
comparar produtos, marcas, lojas, serviços, preços, condições e custo de
entrega, além das opiniões, experiências e resenhas de outros
consumidores, tudo à distância de um “click”, criou um cenário, ao mesmo
tempo, deslumbrante em oportunidades, porém profundamente
desafiador.
O resultado é que os maiores operadores em e-commerce do mundo
lutam para rentabilizar seus negócios ante tanto poder colocado nas mãos
dos omniconsumidores.
No plano macroeconômico global, o resultado é uma enorme pressão
sobre a rentabilidade dos negócios, pela exponenciação da competição,
nunca antes tão exposta a um poder tão grande e concentrado dos
consumidores.
Esse cenário macro determinou a opção dos operadores em implantar e
desenvolver os “marketplaces”, alterando o modelo básico inicial de
negócio dos e-commerces, baseado na revenda de produtos e serviços de
sua propriedade, mais sujeitos a essa pressão competitiva.
Operadores como Amazon, Alibaba,Walmart, Carrefour, Magazine Luiza,
Via Varejo, Americanas e todos que podem, passaram a colocar mais
ênfase em seus marketplaces, onde suas receitas vêm dos serviços
prestados para outras marcas, em paralelo à comercialização de sua
própria linha de produtos e serviços.
Nesse modelo, o mix de rentabilidade na venda de seus produtos com as
comissões dos marketplaces resgata os resultados do negócio, tornando-o
mais interessante, mas, ainda assim, muito competitivo, pois a compra é,
fundamentalmente, uma compra racional, baseada em fatos, fotos,
ilustrações e comparação de custos e benefícios.
O componente da emoção, característica do canal tradicional de lojas,
pelas suas vertentes de design, atendimento, serviços, cores, aromas,
formas, sons e outros elementos, fica em segundo plano. Quando não
inacessível e, por conta disso, a razão predomina no processo de compra.
A combinação mágica
A possibilidade de conjugar todas as vantagens e conveniência do
comércio eletrônico com a emoção da compra proporcionada por
experiências, formas, cores, movimentos, sons e sensações físicas e
olfativas da Realidade Virtual, muito em breve irá novamente equilibrar
razão e emoção no momento da compra. Como consequência, irá também
reconfigurar a equação de rentabilidade para os operadores.
Quando os Omniconsumidores 2.0, aqueles que integram também o VR-
Commerce entre suas opções de canais, podem conjugar as emoções
proporcionadas pela Realidade Virtual com tudo que tem se criado,
desenvolvido e aprendido no e-commerce, estamos criando o mais
disruptivo canal de varejo, muito mais envolvente, rico em experiências e
possibilidades do que simplesmente as alternativas hoje possíveis no
comércio eletrônico.
O resgate da emoção no ambiente do e-commerce tem o poder de
transformar todo o cenário de varejo, em especial, à medida que essa
alternativa passe a ser acessível nas residências dos consumidores, saindo
do ambiente restrito de shoppings, centros de negócios, hospitais,
aeroportos, estações ou quaisquer outros pontos de interesse comercial.
O crescimento do VR-Commerce nos próximos anos terá um impacto
muito maior do que o surgimento do e-commerce, que transformou o
varejo e será, em breve, apenas mais um vetor na integração da Realidade
Virtual com o comércio digital.
Esse novo canal já está acessível pelo domínio de todo o processo de
integração dessas tecnologias e permite que os omniconsumidores
possam “viajar” nos mais interessantes locais e com um elenco de
experiências único, quando da escolha dos produtos que desejam,
podendo analisar, escolher e comparar dentro do ambiente de Realidade
Virtual e concluir a compra e o pagamento, bem como optar pela escolha
de quando e como receber o produto.
Muito em breve, num shopping ou numa loja perto de você e, em seguida,
em sua casa.
Fonte: Portal Mercado & Consumo