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Abastecimento: varejo de vizinhança está em transformação
O varejo de vizinhança tem expectativa bem positiva de crescimento em 2019.
Segundo a pesquisa “Mercado de vizinhança”, apurada pela GfK Brasil, no primeiro
trimestre, 71% dos varejistas avaliam que este ano será “melhor” ou “muito melhor”
do que 2018.
A pesquisa, com periodicidade anual, tem como fontes de informação entrevistas
pessoalmente com 400 lojistas e informações do Painel Pequeno Autosserviço, que
visita mais de 23 mil lojas. Além disso, os dados e o assunto serão apresentados
durante 39ª Convenção Anual do Canal Indireto – ABAD 2019 ATIBAIA, que acontece
entre os dias 23 e 25 de abril.
De acordo com a GfK, o mercado de vizinhança tem nos distribuidores e atacadistas
seus maiores parceiros para se abastecer em um país com dimensões continentais
como o Brasil. Além disso, formam a maior frente de concorrência para hiper e
supermercados nas regiões em que atuam.
Entre os fatores mais relevantes para o varejista de vizinhança no relacionamento
com distribuidores e atacadistas estão a agilidade na reposição do estoque e o preço
baixo.
O e-commerce está influenciando fortemente essa relação. Os varejistas passaram a
diversificar e ampliar seus canais de origem de compras. Com a mudança de
comportamento no hábito de consumo da população em direção ao e-commerce, os
varejistas estão aderindo a essa forma de comprar para manter as gôndolas
abastecidas.
Segundo Marco Aurélio Lima, diretor da GfK e responsável pelo levantamento, “30%
dos varejistas de vizinhança já adquiriram o hábito comprar mercadorias para repor
estoques via e-commerce, sendo que esse índice cresce na mesma proporção do
porte da loja”.
A pesquisa constata que nas lojas com quatro check out ou mais, a proporção é de
39%. Para o diretor, ao mesmo tempo que o e-commerce se mostra um desafio
para que distribuidores e atacadistas se adaptem a novas formas de atendimento e
logística, contribui para a boa expectativa de retomada do setor, além de projetar
até 15 mil novos empregos.
Razões para comprar ou repor mercadoria via e-commerce (fonte: GfK):
37% – comodidade, praticidade e facilidade
20% – é a melhor opção (não passa por vendedor, contato direto com o
fabricante, entre outros)
18% – ganha bônus ou desconto
17% – consegue melhor preço
Entre os não usuários do canal, 31% preferem comprar pessoalmente e 22%
não sentem necessidade.
Valorização do fornecedor
A pesquisa da GfK também apontou que o varejo de vizinhança valoriza seus
fornecedores com alguns diferencias, entendendo que ambos têm preços
competitivos:
Atacado
Entrega
Facilidade de acesso
Trabalhar com boas marcas
Preços baixos em determinados produtos
Distribuidor
Ampla variedade de produto
Canais de compra
A pesquisa apontou que:
67% desse mercado se abastece via atacado/cash&carry;
49% via distribuidor exclusivo;
47% distribuidor não exclusivo;
56% direto com o fabricante;
8% canal de compras/feira livre;
7% hiper e supermercado
Fonte: Newtrade