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Após fechamento de lojas, Saraiva entra com pedido de recuperação judicial

A crise no setor de livrarias brasileiro parece seguir para um final trágico. A Saraiva, uma das principais redes do país, anunciou o pedido de recuperação judicial. De acordo com informações que circulam no mercado financeiro, a empresa acumula uma dívida de R$ 674 milhões. A decisão segue roteiro de outra gigante do segmento, a Livraria Cultura. A rede recorreu a instrumento semelhante para reestruturar seus débitos no mês de outubro.

O pedido de recuperação foi entregue à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. No documento, a empresa relata todas as ações tomadas na tentativa de reequilíbrio das contas. O grupo destaca que, em 2014, decidiu sair do mercado de comercialização de eletroeletrônicos, principalmente televisores. A empresa avaliou que não tinha mais como disputar consumidores com as redes varejistas especializadas nesses produtos.

“Visando deixar sua estrutura mais enxuta e dinâmica, o grupo deixou de trabalhar diretamente com categorias de produtos de menor rentabilidade e maior demanda de capital de giro, como o de tecnologia. A medida ainda reduzirá substancialmente a geração de créditos tributários, uma das principais razões do consumo de caixa nos últimos anos”, detalha o pedido feito à Justiça.

Em uma tentativa de aumento de sua liquidez, a Saraiva lembra que, em 2015, optou pela venda de 100% dos ativos editorais e de educação da Saraiva Educação S.A para o grupo Somos Educação por R$ 725 milhões. O montante, explica o documento, foi destinado à redução do endividamento bancário e um aumento de capital para investimento “no negócio varejo”. No entanto, a medida, que inicialmente parecia positiva, tirou a empresa de um de seus principais nichos de atuação, a edição de livros jurídicos.

Os controladores ainda colocam em destaque as medidas tomadas após a contratação da assessoria Galeazzi & Associados. Entre elas estão: o fechamento de 11 lojas, de 8 unidades iTown, unidades especializadas em produtos da Apple, e o corte de 700 colaboradores.

A rede ainda credita a sua situação ao avanço do mercado de streamings, em especial serviços como o “Napster, Spotify, Deezer, Netflix e Apple Music”. A crise financeira, agravada a partir de 2014, a greve dos caminhoneiros, em maio, e a Copa do Mundo, em junho, também impactaram negativamente os resultados da empresa.

A Saraiva informa que, no prazo de 60 dias, entregará à Justiça o plano de recuperação financeira, no qual irá detalhar sua viabilidade econômica, apresentará um laudo econômico-financeiro e uma avaliação de seus bens e ativos. Fundada em 1947, a rede informa que conta hoje com 3 mil colaboradores e 85 lojas próprias.

Fonte: Portal Consumidor Moderno

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