O varejo vive o antagonismo: a empresa que não estiver focada na integração do online e do offline na sua operação está em uma situação muito grave. A afirmação é de Sérgio Herz, CEO da Livraria Cultura, que abriu a primeira tarde de palestras no Auditório Sicredi, no Congresso Brasileiro do Varejo, evento paralelo à 5ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV). A partir do case da Livraria Cultura, Herz falou sobre o tema “Varejo do Futuro: como as empresas terão que mudar para atender o consumidor digital”.

Segundo ele, em 2008, ano de forte crise econômica, cerca de 6 mil lojas físicas foram fechadas nos Estados Unidos; já para 2017, a expectativa é de que 10 mil estabelecimentos encerrem suas atividades. “O consumidor está comprando de outro jeito. Tá mudando a matemática do jogo do varejo. Esqueça o tradicional, é tudo relacionamento. Temos que dar às pessoas novas descobertas”, sugeriu ele, indicando aos lojistas que invistam mais quando o assunto é a era das experimentações.

O processo de reinvenção dos negócios, diz Herz, é difícil e custoso, mas é necessário como empresa diante do poder atual da tecnologia e do maior afastamento do mundo físico. Antes disso, porém, é preciso fazer o básico bem feito. “A gente não pode perder as bolas fáceis, mas as coisas básicas têm que estar funcionando”, ressaltou, falando da importância do modelo como um todo estar conectado. “Eu, por exemplo, não procuro mais compradores, mas sim físicos, matemáticos, engenheiros para trabalhar dentro da Cultura”, afirma. Como forma de continuar atraindo clientes às lojas tradicionais, ele sugere a geração de experiências no ambiente físico, tornando o espaço mais atrativo e menos vendedor. “Ano passado fizemos 4 mil eventos, por exemplo”, revelou.

Fonte: Portal Varejista