Fundada em 1979, a Dullius possui 21 lojas e vai investir R$ 3,8 milhões no segundo semestre em sete novas operações. A primeira loja Dullius funcionava às quintas, sextas-feira, sábados e domingo depois da missa. Isso foi lá em Santa Clara do Sul, em 1979. O fundador, Claudir Dullius, tinha 21 anos e descobriu a veia de comerciante depois de tentar ser padre. “Comecei a trabalhar em uma fábrica de Novo Hamburgo, mas levava sapatos para vender no final de semana na minha cidade”, lembra o diretor.

Hoje, a Dullius tem 21 lojas e construiu um centro de distribuição em Cruzeiro do Sul. Vai investir R$ 3,8 milhões no segundo semestre em sete novas operações, atuando fora do Rio Grande do Sul pela primeira vez. “É época de crise, mas também de oportunidades. Está mais fácil negociar com shoppings e conseguir mão de obra”, diz.

A ideia é fechar 2017 com faturamento de R$ 70 milhões. As novas lojas serão: franquias da Colcci em Canoas, Caxias do Sul e Curitiba (PR); da Dullius, em Santa Maria, Canoas e Caxias do Sul; e mudança de ponto da loja de Passo Fundo.

Durante a crise, Dullius viu o consumidor sumir das lojas. Contornou a situação usando dinheiro próprio para bancar o crediário. Ofereceu parcelamento em dez vezes, com entrada em 100 dias.

Dullius e o capital humano

Claudir Dullius provoca risadas nas palestras com seu jeito de colono do interior de Lajeado, como faz questão de se definir. Provoca outros empresários da plateia elogiando iniciativas das lojas deles e dizendo que copiou um pouco. A sinceridade leve é prática na empresa. Dullius contratou um coach, que está desenvolvendo a parte humana na empresa e na família.

“A empresa cresce, os filhos casam e começam os conflitos de ideia. Fica fácil transferir problemas da família para a empresa e vice-versa. Aumentamos a união e a conversa”, diz. O mesmo é feito com os funcionários. Há um estímulo para a conversa imediata, que resolva os problemas, com um espaço aberto entre o presidente e seus gerentes, por exemplo.

Fonte: Jornal Zero Hora