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Contas atrasadas afetam a saúde mental do brasileiro
As dívidas estão impactando a saúde mental dos brasileiros. É o que diz o levantamento da SPC Brasil em parceria com a CNDL ao apontar que 69% dos inadimplentes sofrem de ansiedade por não conseguir honrar suas dívidas.
Outros problemas físicos e mentais também são constatados. Entre eles forte sentimento de insegurança (65%), angústia (61%), desânimo (58%), sentimento de culpa (57%) e baixa autoestima (56%).
No âmbito social, as dívidas também atrapalham as interações. Isso porque o mesmo estudo aponta que mais da metade (51%) dos brasileiros que não conseguem pagar suas dívidas se sente envergonhada perante a família e amigos por conta da situação.
Reações
A falta de dinheiro para pagar as contas atrapalha a produtividade de pelo menos um quarto dos inadimplentes (25%), já 21% disseram que se tornam pessoas mais impacientes e irritadas com os colegas de trabalho.
A situação chega a interferir nas relações familiares e de trabalho. Entre os entrevistados, 18% disseram que já agrediram verbalmente pessoas próximas da família e amigos de vido a impaciência com a própria situação financeira e 14% já chegaram a agredir pessoas fisicamente pelo mesmo motivo. No ano passado, as duas opções ficavam em 13% e 8% respectivamente.
O levantamento indica ainda que o maior temor dos inadimplentes em relação as suas dívidas é não conseguir honrá-las (36%), seguido de ser considerado desonesto por isso (11%), ter dificuldade em parcelar suas compras (9%), não conseguir emprego (9%) e não pode mais fazer empréstimos (7%).
Os vícios também são um problema entre os inadimplentes. Dois em cada dez brasileiros nessa situação disseram que costumam descontar a ansiedade em cigarro, comida e álcool.
Dica
Apesar da situação delicada, a orientação de especialistas é manter a calma para conseguir resolver os problemas. “A postura emocional do devedor revela muito sobre como ele vai lidar com a reorganização das finanças. Quem se desespera no momento de dificuldade, multiplica os seus problemas. Um consumidor desorientado, ansioso e sem motivação dificilmente vai ter energia para traçar uma saída. Os primeiros passos nessas horas são manter a calma, buscar racionalidade e contar com a compreensão da família. Ou até mesmo recorrer a um profissional especializado”, diz José Vignoli, educador financeiro.
Fonte: Portal No Varejo