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Coronavírus: Por que home office não deve significar trabalhar o dia todo
Limite o horário de trabalho da sua equipe para eliminar erros e a possibilidade de problemas de saúde ocasionados pela sobrecarga
Levar a rotina do escritório para o ambiente doméstico não é uma tarefa simples. Principalmente quando se pensa que há um momento certo para “desligar”do trabalho e que isso deve ser respeitado.
Todas as empresas estão passando por momentos atípicos nesse momento. O pensamento mais comum é que trabalhar mais trará mais resultados, mas isso nem sempre é verdade. De acordo com artigo da empreendedora Carrie McKeegan publicado na Inc., o trabalho 24×7 gera muito mais problemas do que soluções.
A produtividade não aumenta, morre
Em um primeiro momento, pode-se acreditar que trabalhar mais horas traga mais resultados. No entanto, em duas ou três semanas de trabalho excessivo constante algumas coisas podem acontecer, de acordo com Carrie:
Os erros aumentam: Estudos mostram que quanto mais horas as pessoas trabalham, maior a probabilidade de cometerem erros e terem a capacidade de julgamento prejudicada. E é justamente isso que deve ser evitado em tempos estressantes e de crise aguda. A equipe precisa estar em boa forma, com folgas valorizadas.
Problemas de saúde: Quanto mais os funcionários trabalham, maior a probabilidade de eles apresentarem problemas de saúde, como sono ruim, depressão, diabetes, consumo excessivo de álcool, problemas de memória e doenças cardíacas. Isso pode gerar afastamento do trabalho e encarecimento dos planos de saúde. Tente não ultrapassar as 40 horas semanais.
Burnout: Trabalhar muitas horas seguidas pode resultar no esgotamento total, que dificilmente se recupera em poucos dias de descanso. Evitar esse desgaste é fundamental, de acordo com a empreendedora, pois a recuperação pode chegar a levar anos.
Cabe ao líder da equipe delimitar horários de trabalho, mesmo que à distância, para que os funcionários não extrapolem os limites por conta própria. Dessa forma, poderá exigir que as horas dedicadas à empresa sejam aplicadas às tarefas profissionais e assegurar que os momentos fora do expediente sejam utilizados livremente pela pessoa, sem excessos.
Carrie recomenda a criação de uma programação compartilhada que descreva o dia de trabalho de cada pessoa, para que fique claro o que é e o que não é atribuição de cada um. Assim como no escritório, o líder pode ocasionalmente fazer com que as pessoas trabalhem mais ou alterem o cronograma, mas é melhor começar com a combinação e depois desviar ou deixar em aberto.
Caso o próprio líder precise trabalhar mais horas ou em um período pouco usual (à noite, ou aos finais de semana, por exemplo), o ideal é tentar fazer algo que não precise de contato com nenhum colaborador.
Além disso, o líder pode enviar uma mensagem para seus subordinados diretos (durante o expediente) e explicar por que está trabalhando fora do horário.
Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios