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Da discriminação ao empreendedorismo: Nina Silva e o Movimento Black Money

Os negros movimentam cerca de 1,7 trilhão de reais por ano no país — mas ainda recebem em média 1.200 reais a menos do que seus colegas de trabalho brancos. Eles também representam 75% da população que está na faixa dos 10% mais pobres e 66% dos desempregados do Brasil.

Nina Silva, que atua com tecnologia da informação há 17 anos, está aos poucos mudando esse quadro. Ela é fundadora do Movimento Black Money, com iniciativas para educação, empreendedorismo e inclusão financeira da população negra. Mais de 50 mil pessoas aderiram à rede.

“Já passei por clientes duvidando de que eu fosse a gestora do projeto, perguntando se eu não era a recepcionista. Questionando porque eu trabalhava com um sistema de tecnologia alemão, quando deveria estar procurando um marido por lá”, afirmou Silva, em entrevista a EXAME. “Meu currículo chegava na frente e a figura chegava depois. Quando as pessoas me viam, demonstravam seu real preconceito.”

Silva foi considerada uma das mulheres mais poderosas do Brasil pela revista Forbes e uma das 100 personalidades afrodescendentes mais influentes com menos de 40 anos de idade pela Most Influential People of Africa Descent, parceira da Organização das Nações Unidas (ONU). Também entrou recentemente para a lista de dez mulheres que transformam o empreendedorismo e a inovação, elaborada por EXAME.

Além de fundadora do Movimento Black Money, Silva é líder em gestão de projetos em tecnologia da informação na consultoria de TI ThoughtWorks. Anteriormente, trabalhou para empresas como a fabricante de bebidas Heineken, a montadora Honda e a companhia de cosméticos L’Oréal. Também é mentora e palestrante — recentemente falou sobre inclusão financeira dos negros no Fórum CEO Brasil, do Experience Club.

Na entrevista a EXAME, Silva falou sobre como empresas podem ser mais diversas e a importância de fomentar o afroempreendedorismo com iniciativas próprias à população negra. “Temos mentores ativos que resolvem a lacunas históricas que o racismo impôs aos empreendedores negros, como empreender sem saber de quanto capital de giro precisar ou como fazer o pitch da empresa. Queremos criar a mentalidade de que eles têm uma startup e podem escalar e concorrer junto a empreendedores não-negros.”

Fonte: Exame

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