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Empreendedor lança plataforma para conectar artesãos a grandes varejistas
O paranaense Tiago Dalvi é precoce. Aos 16 anos, começou a estudar Administração de Empresas na Universidade Federal do Paraná. Aos 21, fundou sua primeira empresa, a Solidarium. Durante a graduação, ele começou a trabalhar em uma organização que apoiava artesãos que queriam empreender e não sabiam como. Dalvi percebeu que faltava uma ponte entre os dois lados: os artesãos que queriam vender e as pessoas que queriam comprar os produtos.
Foi com esse objetivo que nasceu, em 2007, a Solidarium. Em um primeiro momento, a empresa teve um espaço físico em um shopping. O modelo de comprar artesanatos para depois revendê-los para redes varejistas, no entanto, não deu certo.
O empreendedor decidiu criar uma comunidade online, permitindo que qualquer pessoa pudesse vender seus produtos. A experiência resultou na fase virtual da Solidarium, que foi lançada em junho de 2011 e tem atualmente 8 mil usuários ativos.
Percepções
As novas vivências da Solidarium fizeram com que Dalvi enxergasse oportunidades de negócio. “Percebi que a maioria das pessoas que vendiam seus produtos na Solidarium também usava outros canais. Com isso, a vida dos empreendedores se tornava uma zona, pois é difícil ter um controle de estoque”, afirma Dalvi.
“Pensei na possibilidade de criar uma plataforma na qual os artesãos, os designers e as lojas pequenas pudessem gerenciar seus produtos, pedidos, estoque e entregas.”
Aos 29 anos, Dalvi está à frente de mais uma startup, a Olist. O negócio passou seis meses sendo acelerado na 500 Startups, no Vale do Silício, polo de tecnologia dos Estados Unidos. Durante esse período, Dalvi e sua equipe, que tem 12 pessoas, amadureceram a ideia e os objetivos da empresa.
“A Olist se tornou, além de uma plataforma gerenciadora, uma ferramenta que conecta os micro e pequenos empreendedores direto aos varejistas, de forma simples e fácil, sem burocracia”, diz Dalvi.
Os artesãos e designers precisam fazer um cadastro na Olist, pagar uma mensalidade de R$ 49 e registrar seus produtos na plataforma. O número de cadastros não é limitado e o próprio empreendedor decide o preço final do produto.
Uma vez cadastrado, o produto é disponibilizado para compra tanto no site da Olist quanto nas redes varejistas parceiras da plataforma. Até o momento, as únicas ativas são o Walmart e a própria Solidarium, mas a expectativa é que pelo menos outras três cadeias fechem parceria com a empresa ao longo do próximo mês. O varejista recebe uma comissão por produto vendido. No caso do Walmart, é 20% em cima do valor.
A Olist já tem 200 usuários. A expectativa é que, até o fim do ano, a plataforma tenha mais 4800 ativos. A empresa não revela valores financeiros, por estar passando por uma rodada de investimento. Mas Dalvi garante: “nossa intenção é facilitar o acesso para os dois lados. Queremos contribuir para o setor como um todo”.
Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios