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Empreendedores investem em vendas itinerantes para fugir de crise
Segundo especialistas em finanças e economistas a crise econômica aguça a criatividade dos empreendedores. E diante do atual cenário financeiro muitos estão se destacando neste período, que para outros tem sido crítico. O G1 reuniu dois exemplos de Itaúna e Martinho Campos, pessoas que saíram do comodismo e resolveram inovar.
Para investir em um trabalho feito por conta própria é preciso ter organização, criatividade, oferecer produtos novos e serviços cada vez mais eficientes. É o caso dos empreendedores Caio César e Wesley Teixeira de Itaúna.
Os dois amigos são apaixonados por gastronomia e resolveram se unir para fazer e vender doces. Mas o que chama mais atenção é a forma como os produtos têm sido comercializados na cidade. Eles usam uma bicicleta, chamada por eles de “Food Bike’.
Caio César conta que trabalhava em um restaurante e Wesley já havia tido a ideia de vender doces numa bicicleta. Há um mês, quando Caio ficou desempregado os dois decidiram unir o útil ao agradável e colocaram em prática a venda de produtos de forma itinerante.
“Eu sempre soube que o Caio gostava de cozinhar e por isso eu o chamei e acabamos discutido sobre a ideia e montamos a sociedade. Ficamos cerca 45 dias pensando em como seria o cardápio e a praticidade dele. Partimos então para ideia dos sanduíches e doces em pote”, disse Wesley.
Segundo eles, tudo é feito pelos dois. Alguns produtos são produzidos na noite anterior como as tortas geladas e outros como os sanduiches são feitos antes de saírem para a venda, que ocorre diariamente em Itaúna de 10h às 17h. Os itens são comercializados pelo preço máximo de R$ 5. “O valor é legal com produtos em grande quantidade, para satisfazer de fato o cliente”, disse.
Wesley destaca que sem dúvida, teve a criatividade aguçada em um momento de crise. “Concordo plenamente com isso. Numa primeira crise que passei acabei montando uma hamburgueria e deu super certo. Até hoje estou com ela. Agora está sendo um sucesso a ideia da bike e a projeção é excelente”, finalizou.
Bons empreendedores sabem que uma boa ideia é sempre um atrativo e foi pensando nisso, que a designer Fernanda Faria dos Santos decidiu montar uma esmalteria itinerante. Ela é de Martinho Campos e viaja por várias cidades da região vendendo esmaltes e películas de unha.
Ela conta que a ideia ganhou força após ficar desempregada por três anos. Ela iniciou na internet e em casa mesmo. As vendas deram muito certo e os pedidos aumentaram tanto que há quatro meses ela resolveu montar a esmalteria móvel, no próprio carro.
Hoje ela já voltou a trabalhar como designer na cidade, mas nas horas vagas o empreendimento continua. “Posso garantir que 40% da renda é resultado da esmalteria móvel. Além disso, para aproveitar o espaço do carro eu também vendo maquiagens. A ideia tem dado certo de fato, e prova disso é que já fidelizamos clientes em cinco cidades, onde a esmalteria sempre está presente “, destacou.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), ao contrário do que muitos pensam, o crescimento das vendas online não está impedindo o crescimento das vendas diretas. Ao mesmo tempo em que a internet conquista novos adeptos, o sistema de distribuição, que antes era conhecido como porta a porta, também cresce e angaria tanto novos consumidores como novas categorias de produtos.
Vantagens das vendas diretas
A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd) define a venda direta como um sistema diferenciado de comercialização de bens de consumo e serviços, baseado no contato pessoal, entre vendedores e compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo. Empresas, vendedores e consumidores obtêm vantagens significativas nesse modo de distribuição e ainda segundo o órgão é um mito pensar que a internet irá acabar com as vendas porta a porta.
Fonte: Portal Varejista