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Empresário salva o negócio após chegar à beira da falência
Um empresário que faturava R$ 50 milhões por ano, de uma hora para outra se viu afogado em uma dívida de R$ 10 milhões. Essa é a história de Rodrigo Clemente, dono de uma agência de marketing em São Paulo, voltada para o público jovem. Ele conseguiu sair do buraco e salvar o negócio.
Durante quatro anos, a empresa de Rodrigo ficou atolada em uma dívida de mais de R$ 10 milhões. “Eu comecei sem nada praticamente, capital pequeno de investimento e a empresa cresceu muito rápido. São vários fatores que levaram a dar tudo errado, mas acho que o primeiro e mais importante é um pouco da imaturidade.
É igual a abelha quando vê o mel pela primeira vez, ela se lambuza! Quando você começa a crescer muito rápido, a tendência é que você se descontrole”, conta.
Além da imaturidade, Rodrigo cometeu um erro comum no mundo dos negócios: misturava o dinheiro da empresa com dinheiro pessoal. Segundo o consultor de mercado e professor do Insper, David Kallás, se é uma dívida financeira, é preciso renegociar: “É questão de renegociar dívidas, alongar prazos de pagamento, reduzir prazos de recebimento e, eventualmente, buscar capital novo pra colocar dentro da empresa”.
Rodrigo fez exatamente isso e deu a volta por cima: “Eu botei a mão na massa, arregacei de verdade a manga e fui pra cima negociando cada um dos meus credores, cada um dos bancos, fornecedores”.
Ao mesmo tempo em que negociava as dívidas, Rodrigo manteve a empresa ativa. O empreendedor conseguiu equilibrar as contas, reduzindo o número de funcionários de 100 para 12 e também trocou um espaço de 400 metros quadrados por um menor e mais barato. “Quando você tem que cortar pessoas que você teve um vínculo muito próximo, é muito difícil. Talvez essa tenha sido a parte mais difícil de toda essa crise”, afirma.
Os custos fixos caíram de R$ 500 mil para R$ 38 mil mensais, ponto chave para o empresário recuperar aos poucos a receita e ver que ainda havia luz no fim do túnel: “Lá naquela época eu não tinha controle. Hoje eu faturo metade do que eu faturava, mas em termos de ganho, eu ganho muito mais do que antes, porque eu tenho uma equipe mais enxuta, um negócio muito mais controlado e resultados financeiros bem mais interessantes”.
Fonte: Portal Pequenas Empresas Grandes Negócios