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Empresas focam em vendas on-line durante pandemia
Com o isolamento social e outras medidas adotadas para combater a disseminação do novo coronavírus (COVID-19), muitas empresas encontraram no comércio on-line a alternativa para manter as operações. Para o economista e presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), Claudio Felisoni de Angelo, a necessidade acelerou a digitalização para a qual a sociedade já caminhava, mas é preciso identificar as melhores soluções virtuais, de acordo com cada estrutura.
Na opinião do especialista, o cenário é desafiador, e é inevitável que as empresas se reinventem para manter os negócios e os empregos. “A mudança radical obrigou os empresários, independentemente do tamanho da operação, a procurarem alternativas em curto prazo. Investir no e-commerce foi a resposta mais viável para o momento”, comenta Felisoni.
A Bio Mundo, rede de produtos saudáveis e naturais, intensificou o sistema de delivery para equilibrar o fechamento de 75% em suas atividades em Brasília, onde a marca conta com 15 lojas próprias, e de demais operações pelo Brasil. Segundo o CEO da companhia, Edmar Mothé, as vendas eram muito concentradas nas lojas físicas, mas, com o fechamento dos comércios, foi preciso adotar uma estratégia mais ativa de entregas. O delivery da Bio Mundo começou representando 7% da receita e já chega a 10%, com indícios de crescimento. A rede possui mais de 100 franquias em 15 estados do Brasil.
Já a varejista Ricardo Eletro, do grupo Máquina de Vendas, já possuía uma presença ativa no e-commerce, mas registrou um aumento de 32% em março em relação ao mesmo período de 2019. Algumas categorias, como os eletroeletrônicos, avançaram cerca de 80% nas vendas. E para reforçar sua atuação online, a marca passou a integrar parceiros de marketplace para oferecer itens que não faziam parte do mix de produtos, como linhas médicas e alimentícias.
Para minimizar os impactos para os mais de 2.400 vendedores das 300 lojas que estão fechadas, a Ricardo Eletro criou um link para que cada colaborador receba a comissão pelas vendas realizadas neste link.
“A tendência é que muitas empresas de diversos segmentos ainda migrem ou reforcem suas operações no comércio eletrônico, como reflexo da pandemia e, consequentemente, pelas ações de isolamento social. Esse trágico episódio, por certo, contribuiu enormemente para o amadurecimento do varejo em geral e do brasileiro, em particular em relação à jornada de compra virtual”, finaliza o presidente do IBEVAR.
Fonte: Portal S.A Varejo
Três dicas para evitar problemas de logística no e-commerce
Fernando Sartori, CEO da startup de logística urbana Uello, compartilha iniciativas simples que podem ajudar sua empresa neste momento de grande quantidade de pedidos
As vendas online se tornaram fonte importante de receita para o varejo alimentar neste momento de isolamento social. Muitas redes do setor tiveram de ampliar às pressas suas operações de comércio eletrônico, no entanto, na maioria dos casos, a logística não estava totalmente preparada para dar conta do aumento repentino das entregas e isso é algo a ser corrigido.
“A logística é parte fundamental da experiência do consumidor. O varejista, diante do cenário de coronavírus, precisa estar em busca de inovações nesta seara para manter clientes – ou ao menos minimizar perdas”, explica Fernando Sartori, CEO da startup de logística urbana Uello . Pensando nisso, a empresa elencou 3 dicas simples para ajudar a evitar problemas com logística durante a quarentena.
1. Preocupe-se com as pessoas
A primeira regra, não só nesse momento, é preservar a saúde de colaboradores e clientes. Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, é possível realizar as entregas sem que as pessoas se contaminem. Deve-se higienizar o ambiente de trabalho e utilizar máscaras e luvas para evitar contato direto com as mercadorias. Esterilize todo o material utilizado e mantenha os produtos em ambiente limpo. Esse é o primeiro passo para evitar a transmissão do vírus enquanto realiza a separação e envio das mercadorias.
2. Gerencie riscos e fornecedores
Entenda que o cenário de vendas, de fornecedores e transportadores está instável neste momento. Prever problemas e pensar previamente em riscos operacionais – planejamento – é a melhor forma de se adaptar à situação. Tendo isso em mente, converse com seus fornecedores e tenha planos alternativos para casos de emergência. Nem sempre o fornecedor mais barato é o mais confiável, e também não é prudente estar com toda sua operação logística dependente de um único transportador. Esteja em contato periodicamente com seus fornecedores para evitar transtornos.
3. Comunique-se com seu cliente
Seja transparente neste momento e mostre ao cliente que você se preocupa com a qualidade do serviço oferecido. O ideal é se planejar adequadamente, mas imprevistos podem acontecer. Mantenha seu cliente informado. Procure alternativas no mercado, mas estabeleça prazos e horários para as entregas que consiga cumprir. Se houver atrasos, antecipe-se e peça uma nova chance para surpreendê-lo. Resiliência e determinação, a pandemia vai passar.
Fonte: Portal New Trade