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Exemplos de como o varejo tradicional tenta se reinventar
Diante de uma concorrência cada vez maior e o apelo virtual ganhando espaço na
decisão de compra do brasileiro, marcas tradicionais do varejo físico agem para
ganhar relevância com novos públicos. Grandes redes como Marabraz e Marisa são
exemplos de empresas consolidadas no mundo físico que iniciaram jornada em
direção aos novos canais de compra.
Com 70 anos de atuação, a Marisa encerrou recentemente a primeira fase da sua
transformação para o modelo omnichannel com a expansão do serviço Clique e
Retire para 115 lojas em todas as regiões brasileiras. O objetivo é facilitar o acesso
ao produto unindo online e offline.
“Começamos a testar o serviço em 2018 e identificamos que havia ganhos para os
dois canais: clientes online passaram a frequentar as lojas físicas e os pontos de
venda que divulgavam o site como opção para encontrar produtos geravam menos
atrito”, diz o vice-presidente de vendas e operações, Marcelo Pimentel, lembrando
que a omnichannel também reduziu a ruptura e garantiu maior disponibilidade de
produtos.
Na Marabraz, a estratégia para melhor inserção no universo virtual se deu por meio
de personalização dos consumidores no e-commerce. Para isso, a empresa passou a
usar algoritmos que ajudam na seleção dos produtos a ser oferecidos ao usuário, de
acordo com o perfil de compra dele.
Entre janeiro e março de 2019, as vitrines personalizadas representaram 30% de
todas as vendas geradas no e-commerce da Marabraz. Deste total, 68%
aconteceram a partir de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, e o
incremento no tíquete médio dos pedidos chegou a quase 40%.
“Os resultados animam e mostram a força que o canal online pode representar para
a operação da marca”, disse o diretor comercial da Marabraz, Nader Faresda. Ele
ressalta que a empresa continuará mapeando o comportamento do cliente para
desenvolver as próximas ações tecnológicas.
Na empreitada pelo mundo digital, as duas varejistas usaram a Linx, empresa de
tecnologia focada no comércio. “Tecnologias inovadoras podem potencializar os
resultados do e-commerce para um negócio em que as vendas costumavam
acontecer exclusivamente no ambiente físico”, comenta diretor executivo da Linx
Impulse, Andrei Biscaro.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria