O mercado de franquias tem se mostrando cada vez mais resiliente as intempéries econômicas do país. Quando focado no setor de alimentação e saúde, os dados são ainda mais promissores. Não é à toa que, ao invés de cortar custos e investimentos, algumas marcas têm ganhado solidez e sustentabilidade. Um bom exemplo é o da Sucão, franquia especializada em alimentação saudável que, por adotar um modelo de expansão em espiral, cresceu 35% em 2016.

De acordo com o último relatório divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento de “Saúde, Beleza e Bem Estar” foi o que mais cresceu no ano passado, apresentando uma alta de 15% em relação a 2015. Já o setor de alimentação manteve seu índice de ascensão em 8,8%. Contudo, apesar de existir uma tendência natural de crescimento para as franquias que optam pela união das duas áreas, dificilmente este será alcançado sem que haja uma boa estratégia como suporte.

Pensando nisso, o empreendedor Antônio Ricardo de Mesquita resolveu adotar um modelo de expansão com foco no crescimento espiral da rede. “Antes de investir nossos esforços na conquista das capitais brasileiras, nesse primeiro momento, optamos por fortalecer nossa capilaridade nas cidades do interior de São Paulo. Atuar no mercado de alimentação envolve muitas responsabilidades e, através dessa estratégia de crescimento em espiral, conseguimos acompanhar de perto a operação das unidades, fornecendo aos franqueados todo o suporte e acompanhamento necessários para a sustentabilidade da empresa”, explica o sócio fundador da rede.

Outro cuidado da franqueadora está na escolha do ponto. “Atualmente, a Sucão conta com doze unidades no interior paulista e todas vêm apresentando um excelente desempenho. Isso porque, antes de colocar uma nova loja em operação, existe todo um trabalho de background envolvido, a começar pela realização de uma análise criteriosa sobre o potencial da cidade para receber a marca, que vai desde a estrutura do ponto até a observação do ranking de faturamento das marcas encontradas no local pretendido”, diz Mesquita.

Aos investidores mais receosos, o empreendedor garante que não poderia ter momento melhor para investir nesse mercado. “Mesmo com a economia apresentando sinais de melhoria em breve, todo mundo está esperando um pouco mais de estabilidade para começar a investir. Contudo, quando isso acontecer será muito mais difícil para o investidor conseguir negociações tão lucrativas como agora.

Para se ter um ideia, hoje, os valores chegam a estar 50% mais baratos do que estavam há dois anos, mesmo no caso de fechamento de contratos mais longos. Por isso, as pessoas que se assumirem como empreendedoras, antecipando tendências e apostando nos mercados mais promissores, sem dúvida, terão muito mais lucratividade e sucesso no futuro”, diz.

Expectativas

Assim como para o mercado em geral, 2016 também não foi um dos anos mais fáceis para Sucão. Porém, mesmo assim, a marca conseguiu manter seu crescimento e fechou três novos contratos de franquia. “Durante o ano passado, o faturamento das nossas lojas se manteve estável, enquanto que a franquia cresceu 35% em relação ao mesmo período de 2015 com a abertura das novas unidades”, afirma Mesquita.

Segundo o empreendedor, trata-se de um resultado extremamente positivo para a rede. “Por atender diversas praças de alimentação em shoppings centers, percebemos que mesmo o segmento sendo mais estável do que outros durante a crise, muitas lojas fecharam esse ano”, comenta. Se por um lado esse cenário é preocupante, por outro, favorece quem busca bons investimentos, uma vez que assim é possível fechar boas negociações com as administradoras desses pontos.

Para 2017, as expectativas são boas, mas, ao mesmo tempo, realistas. “Acredito que esse ano irá se manter estável e crescer mais a partir do segundo semestre. Contudo, para o segmento de franquias as previsões são positivas. Por se tratar de um investimento mais seguro, elas possibilitam uma oportunidade melhor, principalmente, para os empreendedores de primeira viagem”, explica. Segundo a ABF, o faturamento do setor deve crescer de 7% a 9% em relação a 2016.

Fonte: Portal Varejista