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Guia ajuda a atender o público da Geração Y

Os jovens que nasceram entre os anos 80 e o ano 2000 fazem parte da chamada ‘Geração Y’. No Brasil, isso significa cerca de 51 milhões de pessoas. O PEGN criou um guia que ajuda na comunicação e venda para esse mercado. Esse pessoal chegou ao mundo em um momento em que a tecnologia estava por toda parte. Um período em que usar a internet é tão natural quanto acender uma lâmpada.
“Ela nasceu em um momento em que o mundo estava em franco desenvolvimento com a internet. Ela começou a perceber coisas diferentes, que as gerações anteriores estavam ainda criando. Ela pegou algo que estava criado e melhorou”, diz o consultor Luiz Guilherme Guedes.

A ‘Geração Y’ sucedeu a ‘Geração X’, de nascidos entre 65 e o final da década de 70. Essa sopa de letras é importante para o empreendedor brasileiro porque eles consomem serviços e produtos de uma maneira muito diferente.
“É uma geração que compra, mas ela compra se ela acreditar que aquilo está sendo por um bem maior, que o valor é justo e que não está tentando te enganar de alguma forma, te vendendo alguma coisa que você não pagaria por aquilo”, explica Guedes.
A ‘Geração Y’ é formada por um pessoal que tem informação de todos os lugares o tempo todo. Por isso, muitas vezes, é taxado de ansioso. Então, o principal é chamar a atenção dessas pessoas, o que é possível na internet e, principalmente, nas redes sociais, onde muitas pessoas dessa geração recorrem antes de consumir.

Os veículos de divulgação são plataformas de compartilhamento de vídeo; podcasts, que são como programas de rádio sobre assuntos específicos que qualquer pessoa pode baixar; blogs e mídias sociais. Sejam figuras conhecidas na internet ou anônimos, todos opinam sobre tudo.

“E isso para o consumo é excelente porque se o produto é bom, viraliza. Ela compartilha, fala assim ‘comprei esse produto, ele é excelente’”, diz Guedes. Bom-humor e irreverência são fundamentais. Mas, deve ter cuidado para esse megafone da internet não amplificar os fracassos. “Para o bem e para o mal, ela vai falar da sua marca”, alerta Guedes.

A ‘Geração Y’ gosta de se envolver no processo das empresas e, por exemplo, ajudar a criar um produto. Cansado das lanchonetes tradicionais, o empresário Rodrigo Malca, de 27 anos, criou o próprio negócio para agradar a geração dele. No lugar não há garçom anotando pedido no papel. O cliente escolhe e monta o lanche usando uma tela touch. “O nosso conceito é trazer liberdade para o cliente. Ele pode montar da forma que ele quiser. Tanto que o nosso slogan é ‘o melhor sanduíche é o seu’”, diz Malca.

São sete lojas em funcionamento em um sistema de franquia. A lanchonete do franqueado Paulo Murad fica em Sorocaba, no interior de São Paulo. “Se puder facilitar a forma como a pessoa faz o seu lanche, assim como fazer com que ele tenha exatamente o que ele quer no sanduíche dele, eu acho que isso que chama atenção, isso que faz esse tipo de franquia ser o diferencial”, diz Murad. “Tem que ter muito cuidado com o cliente final. A ‘Geração Y’ dá muito mais valor ao atendimento do que uma geração anterior. Ela tem que ser inovadora”, lembra Guedes.

A ‘Geração Z’, que nasceu depois do ano 2000, também já chegou ao mercado consumidor. “Ela é uma Y exponenciada. Ela é mais digital, tem mais cuidado com o ambiente. Ela é mais gameficada”, explica o consultor Luiz Guilherme Guedes. Para exemplificar o funcionamento da mente do empreendedor que faz parte da ‘Geração Y’, o PEGN foi conhecer a empresa de RH fundada por jovens que ajuda na contratação do pessoal que também tem poucos anos de mercado de trabalho. Essa é uma nova relação com a profissão.
“Ela é muito mais colaborativa dos que as gerações anteriores. Ou seja, ela não tem aquela necessidade de competir. Ela tem necessidade de crescer, de realizar e de fazer, mas não necessariamente de competir ou rivalizar com os outros”, diz Guedes. Nem sempre trabalhar em uma empresa tradicional agrada. “Eu me sentia bloqueado pela burocracia do formato tradicional de grandes grupos”, diz o engenheiro Carlos Spejorin.
Essa é uma geração que não pensa em carreira, mas em projetos. “Eu quero muito trabalhar em um lugar que preze pelo desenvolvimento e que nos dê diversas oportunidades para crescer e autonomia pra gente tocar os nossos projetos”, explica o estagiário Guilherme Loiola.

Essa desconexão levou a empresária Isabella Botelho, de 25 anos, para o outro lado do balcão. “Eu comecei a empreender para poder montar um negócio da maneira que eu queria, com os valores que eu mais admirava”, diz.
Isabella já tinha estagiado no RH de uma grande companhia. Quando percebeu a relação ruim da geração dela com as empresas, viu uma oportunidade. “Quando a gente fala de processos de recrutamento, a forma com que a gente recruta hoje é muito parecida com a de 20 ou 30 anos atrás. Então, ali tinha oportunidade de trazer tecnologia, informação, dados, e tomar uma decisão muito mais embasada, saindo do feeling pra uma decisão mais baseada em informação”, diz.

Isabella criou com o marido e sócio um sistema que ajuda empresas e candidatos a preencher uma vaga. É a lógica do aplicativo de paquera: eles querem um “match”, fazer esse encontro dar certo. O teste é gratuito para o candidato. Quem paga é a empresa que vai usá-lo na seleção. A preocupação é encontrar a pessoa certa para evitar a rotatividade da vaga.

“Você treina aquela pessoa. Você dá toda aquela energia quando resolve sair. Aí acontece todo esse processo de recontratar, que você tem bem menos dinheiro, tempo, fôlego para continuar”, explica Marcelo Janot, que contratou pessoas pelo serviço.
A estagiária Layla Villias queria um ambiente de trabalho em que tivesse autonomia e fosse protagonista. Ela passou por uma empresa de perfil mais tradicional, onde ficou apenas por seis meses. “Me deu mais certeza que aqui eles valorizavam o meu jeito de ser né. Então, esse matching entre o colaborador e a organização era muito importante porque eu queria muito ter certeza que eu ia gostar do lugar em que eu ia trabalhar. Então, eu fiquei mais segura”, concluiu Layla.

Fonte: Portal Pequenas Empresas Grandes Negócios

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