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Linha do horizonte: o que se pode ver para o varejo em 2018

Não há nada mais incerto do que prever o que está por vir. É sempre um risco e a realidade costuma ser surpreendente. Os elementos que estão fora do raio de percepção dos mais cuidadosos analistas são tantos, e se combinam de tal forma que, muitas vezes, mudam por completo a direção daquilo que a racionalidade indica.

De qualquer forma, é sempre bom exercitar. Pensar sobre o futuro ajuda a organizar o pensamento e, principalmente, suscita o debate. Isso, por si só, já se constitui em um precioso elemento para a compreensão dos fatores determinantes dos cenários político, econômico e social.

A verdade é que a recuperação das vendas está ocorrendo quase que de forma absolutamente natural. Deve-se considerar que elas, as vendas, vêm seguindo ladeira abaixo há bastante tempo. De 2015 para 2016, as vendas reais caíram nada menos que 7%. No período seguinte, ou seja, 2016-17, a queda foi ainda maior: 9%. Em outras palavras, há um represamento da demanda motivada obviamente pela queda da renda real das famílias, desemprego e pela falta de confiança dos indivíduos relacionada às condições para manterem-se trabalhando.

A recessão, ela própria amplia as possibilidades de retomada. A demanda fraca reduz a pressão da inflação e esta, por sua vez, muito mais baixa, propicia a redução das taxas de juros. Em outubro de 2016, a taxa de juros na ponta era de 98,95%. Um ano após, outubro desse ano, a mesma era de 92,51%. Ainda muito alta, mas significativamente menor: mais de seis pontos percentuais a menos do que a registrada naquele ano.

Já a renda real das famílias também vem se recuperando gradativamente e a taxa menor de inflação explica o seu movimento ascendente. Nos últimos doze meses, a renda real cresceu 6% e tal expansão vem sendo acompanhada por uma melhora da empregabilidade desde março de 2017. Essas condições mais favoráveis permitem que se estime um aumento real das vendas entre 6 e 8% para 2018.

É importante assinalar, contudo, que a política define a economia e não o inverso. O inverso até pode ocorrer, porém, de modo transitório. A expansão do consumo de modo sustentável só se dará com o crescimento dos investimentos e, estes, por sua vez, dependem das escolhas políticas que fizermos daqui em diante.

Claudio Felisoni de Angelo — Presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR)

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