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PagSeguro mostra que é estrela no novo capítulo da novela das maquininhas
A PagSeguro divulgou resultados trimestrais que animaram investidores nesta sexta-feira (16).
As ações da empresa, cotadas em Nova York, chegaram a atingir a máxima histórica no início
da tarde de sexta, cotadas a US$ 53,43, alta de 15% frente o fechamento de quinta. Às 14h57
(de Brasília), já haviam amenizado para US$ 51,97 (alta de 11,72%, ainda bem expressiva).
O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) saltou 59% na comparação anual para
R$ 26,8 bilhões no segundo trimestre, e a empresa também adicionou 296.000 novos
comerciantes durante o período. Os usuários ativos do banco digital PagBank totalizaram 1,4
milhão, com 2,5 milhões de downloads no segundo trimestre.
Mais que resiliência, os números demonstram que a PagSeguro mantém nível elevado de
competitividade em meio a uma pressão cada vez mais intensa da concorrência, que busca
abocanhar justamente a fatia de mercado dentro da qual a empresa das moderninhas se
estabeleceu – a dos microempreendedores (leia mais aqui).
“Ficamos positivamente surpresos com os dados de adições líquidas de clientes que não
mostraram desaceleração em relação ao primeiro trimestre, apesar do aumento da
concorrência”, escreveram analistas do Citi, liderados por Felipe Salomão em relatório,
reiterando recomendação de compra.
Os analistas também viram como positivos os números do banco digital, aposta nova da
empresa (lançada em maio) que pode aumentar a base de clientes consideravelmente.
Essa entrada nas contas digitais marca um novo capítulo na chamada "guerra das
maquininhas", e a empresa do grupo UOL sinalizou que o futuro é promissor. O UBS estima
que, sozinha, essa conta digital tem potencial de gerar uma receita de R$ 1 bilhão em 2023.
Favorito
Para Daniel Federia, do Credit Suisse, o PagBank “está avançando bem e pode ser
transformador para o valor total da empresa” em breve. O Credit mantém recomendação de
compra para a empresa e diz que o PagSeguro é sua principal escolha neste setor na América
Latina, com “vantagens competitivas significativas” em seu segmento (principalmente
microempreendedores) frente a Stone e Cielo.
Novo obstáculo
Os analistas gostaram do resultado da PagSeguro, mas não ignoram que o caminho ao topo
está mais íngreme.
“Acreditamos que a parceria da Stone com a Globo e o crescimento do Mercado Pago [braço
de pagamentos do Mercado Livre] podem impactar a expansão do volume total de vendas da
PagSeguro”, diz o BBI, que mantém recomendação neutra para a ação.
Fonte: Infomoney