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Pesquisa: 71% dos varejistas diz que gestão de pessoas é desafio
O setor varejista brasileiro passa por grandes transformações. As tecnologias que
vem surgindo fazem com que ocorra evoluções em diversos modelos de negócios.
Com margens de lucro cada vez menores e a competitividade com o comércio
online, o varejo sente a necessidade crescente de aprimorar e incorporar novas
tecnologias, em busca por sucesso nas vendas. Pensando nisso, a Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial (ABDI) criou o ProVa, espaço de inovação e testes
dedicado ao setor varejista, que visa novos experimentos e inovações.
Para que o ProVa seja cada vez mais eficaz e assertivo, a ABDI entrevistou cerca de
80 agentes do setor para conhecer suas dificuldades e necessidades, como
entidades de classe, governo, fornecedores e startups da área. Para o presidente da
ABDI, Guto Ferreira, o estudo é fundamental para o planejamento e desenho das
atividades, alinhando-se sempre às necessidades do ecossistema de inovação do
varejo. “O resultado deste trabalho é a criação de uma ampla agenda de iniciativas
concebidas para atender as necessidades. Usamos uma metodologia centrada no
usuário, exercitando a empatia com os empresários deste segmento, procurando
compreender o que ainda é necessário”, explica Ferreira.
Nos meses de março, abril e maio de 2018, foram entrevistados 26 empresários
varejistas de micro, pequeno, médio, grande e super grande porte. Sendo que 23%
deles atuavam em supermercados, 35% em construção e 42% em vestuários e
calçados. Com isso, foi possível afirmar que empresas que não investem em
tecnologia já se encontram fora do mercado, ou seja, é necessário que as que estão
no mercado recebam acompanhamento.
“Por isso é preciso se manter em constante atualização e sempre bem informado. A
criatividade e as mudanças que ocorrem em alta velocidade dificultam o
monitoramento”, ressalta o presidente da ABDI. O estudo concluiu que inovar é
otimizar e melhorar os processos, além de agregar positivamente a experiência do
consumidor. No total, dos 80 entrevistados, 71% deles afirmaram que a gestão de
pessoas é um grande desafio e 57% disseram que a competitividade com outros
players é uma dificuldade.
“A administração dos talentos de uma empresa é e sempre será um problema.
Diferente da tecnologia que é controlável, o ser humano possui o componente
emoção e isso dificulta o gerenciamento da força de trabalho. Esse é um dos
motivos que faz com que a inteligência artificial ganhe cada vez mais espaço”,
finaliza Ferreira.
Fonte: Portal Newtrade