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Prevenir perdas é essencial para varejo lucrar com o Natal
A data mais esperada para qualquer varejista brasileiro está chegando. O
Natal é a melhor oportunidade para o lojista faturar mais no menor prazo possível.
Mas ao mesmo tempo em que o volume de pessoas cresce exponencialmente nas
lojas no fim de ano – eventos típicos de dezembro apontam uma movimentação de
23,8% acima da média mensal, segundo a Serasa Experian -, é de se considerar de
que as possibilidades de perdas também aumentam no mesmo ritmo. Pior: para o
varejo que registra perdas o ano inteiro, as festas de fim de ano podem se tornar
uma tremenda dor de cabeça.
Uma estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que mais de 100
milhões de brasileiros circularam pelas lojas de shopping ou de rua à procura de
presentes de Natal em 2017. Quase dois terços dos brasileiros que vão às compras
para o Natal (64%) dizem fazê-lo pela tradição. Outros 31% consideram importante
presentear. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), o
movimento nas lojas, somente no período natalino do ano passado, foi de R$ 51,2
bilhões, crescimento de 6% sobre 2016. “Não importa o motivo, é imprescindível
que o varejista esteja preparado com equipes treinadas e boas promoções, mas,
fundamentalmente, prevenido contra ações de qualquer tipo de perda, seja no
recebimento de mercadorias, rupturas no estoque e furtos, internos e externos. Só
em 2017, segundo a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), o
varejo nacional registrou uma perda média de 1,29%, que representa R$ 19,5
bilhões da receita do setor estimada em R$ 1,51 trilhão, valor suficiente para “criar”
a sexta maior empresa varejista do Brasil em “faturamento”, diz Luiz Fernando
Sambugaro *Diretor de Comunicação da Gunnebo.
Segundo Sambugaro, para evitar uma significativa redução na rentabilidade
de seu negócio, a prevenção de perdas, especialmente nos varejos supermercadista,
moda, farmacêutico e higiene e beleza – atenção especial aos produtos de alto risco
(PAR), pois são caros, fáceis de roubar e muito fáceis de revender – precisa ser
iniciada antes das grandes datas comerciais. Ou seja, mesmo faltando dois meses
para o final do ano, ainda há tempo para adoção de algumas medidas. Com o maior
volume de pessoas, e também de funcionários, já que a terceirização de mão de
obra no período é grande, as áreas mais críticas a serem monitoradas são compras,
recebimento, estoque, troca de mercadorias, tesouraria, operação de caixa e
transporte do dinheiro.
Nesse cenário, é de suma importância apostar em tecnologia, pessoas e
gestão. A primeira deve ser compatível com o nível do negócio e de custo-benefício
favorável ao empreendimento. Por outro lado, é necessário ter bons funcionários,
treinados e atualizados, alinhados com os objetivos da empresa e conscientes das
potenciais perdas inerentes ao negócio. E, por fim, ter uma boa gestão, com normas
e procedimentos, que darão a direção mais assertiva.
“A primeira coisa que se recomenda são as câmeras estrategicamente
posicionadas e monitoradas por uma equipe ou um serviço remoto. As antenas
eletrônicas são muito eficazes, a exemplo das etiquetas de proteção, cadeados
eletrônicos e cofres inteligentes. Fazer um inventário constante e mais efetivo, bem
como estar mais atento à entrada de grupos em sua loja, a manutenção de seu
balcão sempre limpo e a equipe antenada são igualmente fundamentais”, diz.
Trocando em miúdos, a prevenção de perdas é investimento com retorno
certo e cada vez mais deve fazer parte da estratégia da empresa e tornar-se cultural
ao longo do tempo. “Portanto, toda atenção é essencial. Se não tomou medidas,
não perca tempo. Ainda há tempo para tornar seu Natal mais feliz”, finaliza
Sambugaro.
Fonte: Portal Newtrade