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Procura por bicicletas aumenta no segundo semestre

As bicicletas ampliam o seu raio de ação. Estão presentes nas atividades esportivas, no lazer e no transporte e são, ainda, objeto de vários projetos que visam disseminar o seu uso, o que inclui a ampliação do número de ciclovias. Alguns fatores, como a busca por mais qualidade de vida, as dificuldades de locomoção devido ao trânsito, principalmente nas grandes cidades, e o alto preço dos combustíveis, beneficiam a categoria e colocam o Brasil na posição de quarto maior fabricante mundial de bicicletas.

“Os novos hábitos possibilitam às pessoas aproveitar as cidades sob outro ângulo, e isso se reflete no interesse em buscar, pesquisar e adquirir uma nova bicicleta”, diz Beatriz Vigeta, gerente-geral de vendas da Caloi, que cita também o serviço de bike sharing (bicicleta comunitária) como fomentador do setor. “A tendência é que as pessoas, ao começarem a pedalar em trechos curtos com as opções de aluguel, acabam realmente enxergando os inúmeros benefícios da atividade e movimentem positivamente a categoria como um todo.”

Hoje o movimento pela sustentabilidade, o cuidado com a saúde e as ciclovias estão levando as pessoas a aderirem à prática de esportes, estimulando o adulto a também se presentear, afirma Adilson Custodio, diretor comercial da Houston. “Em maio deste ano, com a greve dos caminhoneiros, cresceram as vendas de bicicletas no varejo, como alternativa de meio de transporte. Na cidade de São Paulo, por exemplo, várias bicicletas foram colocadas para locação, e isso contribuiu muito para o crescimento da categoria.”

Em boa hora

A chegada das bicicletas de aluguel ou compartilhadas levaram as pessoas a experimentar uma mudança física e/ou econômica em sua rotina. Além disso, parte da iniciativa privada vem investindo em novas estruturas que beneficiam o usuário da bicicleta, observa David Kamkhagi, diretor da Track & Bikes. “Assim, entramos em um ciclo positivo, em que o bem-estar está sendo compartilhado.”

O público infantil também contribui para as vendas, pois não é de hoje que as bicicletas exercem atração sobre as crianças. “Além de ser um ótimo exercício, o ciclismo auxilia no desenvolvimento físico e cognitivo dos pequenos”, destaca Carlos Alberto Kuehl, assistente de vendas da Nathor, cuja empresa tem uma linha aro 12 para meninas e meninos. “Os adultos vêm buscando modelos com aro 26, como meio de transporte e não apenas para o lazer”, conta.

As vendas anuais de bicicletas estão estimadas em 2,5 milhões de unidades/ano, excluindo as infantis (cerca de 1 milhão/ano), consideradas brinquedos. Cerca de 40% do mercado nacional é atendido pelas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), diz José Eduardo Gonçalves, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). “Cada vez mais a procura é por produtos de maior valor agregado, leves, com suspensão traseira e dianteira, dezenas de marchas, freios hidráulicos e design arrojado.”

Tendências

O momento é de transição no mercado de bicicletas, com tendência de produtos da linha MTB, mountain bike com características urbanas, comenta o diretor da Track & Bikes. “O destaque fica com as bicicletas de aro 29, que ganham muitos adeptos a cada dia. Os modelos urbanos sugerem uma boa transmissão de marcha, leveza no quadro e nas peças de alumínio e boa suspensão dianteira, características também necessárias para quem busca o lazer nos fins de semana.”

Bicicletas elétricas também ganham pontos na preferência dos ciclistas. “O grande benefício delas é permitir à pessoa fazer longos percursos, inclusive com trechos difíceis, como ladeiras, com mais facilidade. No segmento de lazer, entre os que praticam mountain bike, vemos o aro 29 suplantando o 26”, diz a gerente-geral de vendas da Caloi. Em 2017, a empresa lançou a linha E-Vibe de bicicletas elétricas, com duas versões, uma para a cidade e outra para trilhas.

A preferência pelo aro 29 é confirmada pelo diretor comercial da Houston. “O aro mais largo caiu no gosto de quem praticava mountain bike e agora está mais forte entre os que procuram uma bike de lazer, antes dominada pelo aro 26.” Outra tendência que ele observa não é de moda, mas de comportamento. A bicicleta voltou a ser um presente desejável. Há cinco, seis anos, o tablet e o celular eram os mais procurados, mas a nova geração já nasce com esses equipamentos tecnológicos à mão. Então, a bicicleta voltou a ter lugar na lista de presentes. “As próprias crianças pedem, com essa onda de sustentabilidade e saúde e com o incentivo dos pais.”

Mercado

A maior procura por bicicletas ocorre no segundo semestre, que tem datas como Dia das Crianças e Natal, mas neste ano os primeiros seis meses não decepcionaram. “O primeiro semestre de 2018 mostrou aumento de vendas em relação ao mesmo período de 2017, e confiamos que este último trimestre será bastante positivo”, diz Beatriz, da Caloi. “As pessoas acabam comprando produtos com o tíquete médio mais alto que no decorrer do ano”, conta Carlos Alberto, da Nathor, empresa que tem como destaques as bicicletas de aros 12 e 26, estilo vintage.

Em 2015, o mercado teve queda grande, mas vem se recuperando, principalmente nos últimos dois anos, com a mudança de comportamento dos consumidores. Como um todo, o mercado deve fechar 2018 com 10% acima do ano passado. “A Houston trabalha com avaliação mensal referente ao mês do ano anterior, não especificamente o Natal. Nossa expectativa é fechar o ano 25% acima de 2017”, diz Adilson.

A transformação significativa pela qual passa o mercado, especialmente o de modelos das linhas para adultos, modificou o consumo, afirma David, da Track & Bikes. “As mudanças são comportamentais. As pessoas estão adotando a bicicleta como sinônimo de saúde, de bem-estar e, também, de economia de tempo e de dinheiro, tanto que o segmento já sinaliza crescimento acima de dois dígitos para os meses finais do ano, incluindo o Natal.”

Mais ciclistas

Um dos melhores parâmetros para constatar a evolução da bicicleta como opção de meio de transporte para o trabalho é o medidor instalado na ciclovia da Avenida Faria Lima, na capital paulista. Conforme dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), houve acréscimo de 45% no movimento de bicicletas na ciclovia, de janeiro a julho deste ano (781 mil ciclistas em circulação), ante igual período de 2017 (537 mil). Em 2016, o movimento era de 492,8 mil bicicletas.

“Atualmente, os picos de circulação nessa ciclovia ocorrem pela manhã, às 8h (134 viagens/hora) e 9h (146 viagens/hora), e no final da tarde, às 18h (147 viagens/hora) e 19h (130 viagens/hora). Ou seja, são movimentações típicas de quem utiliza a bicicleta para ir e voltar do trabalho”, comenta José Eduardo Gonçalves, diretor-executivo da Abraciclo.

Fonte: Portal Eletrolar

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