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Produtos da cesta básica do brasileiro ficaram estáveis em 2018, afirma GfK
O ano de 2018 foi de relativa estabilidade e pequena recuperação nos preços que
compõem a cesta Abrasmercado, medida pela GfK para a Associação Brasileira de
Supermercados. Os números foram divulgadosem coletiva de imprensa no dia (18),
na cidade do Rio de Janeiro, um dia antes da 53ª Convenção ABRAS e 31ª Super Rio
Expofood.
Apesar da crise dos caminhoneiros, que gerou uma inflação imediata nos dias e
meses subsequentes, os preços terminaram o ano de forma bem estável, com um
crescimento de 3,7% na média nacional. As maiores altas estiveram em Brasília
(13,3%), Salvador (10,4%) e Goiânia (10,2%). As cidades com menores aumentos de
preços foram Maceió (-0,3%), Curitiba (-0,1%) e Recife (0,3%).
Os produtos que tiveram as maiores altas foram tomate, cebola, farinha trigo, leite
UHT e a batata. Já os produtos com deflação em seus preços foram cerveja, café,
feijão e sabão em pó. Para Marco Aurélio Lima, diretor da GfK e responsável pelo
levantamento, fatores diferentes foram responsáveis pelas variações. “No caso do
tomate, cebola e batata os preços subiram muito por causas e fatores ligados às
condições climáticas. Porém, a Copa do Mundo na Rússia, fez com que a cerveja
fosse um item bastante promocionado, baixando seu valor. Já o café, feijão e sabão
em pó sofreram pela mudança do consumidor em buscar marcas mais baratas”,
afirma.
Confiança
A GfK também apurou como se comportou a confiança do supermercadista ao longo
do ano e de acordo com a situação econômica do país. São entrevistas online, em
todo o território nacional em um banco com mais de 2.500 varejistas. O índice de
confiança da GfK considera que menos que 50 pontos é tido como mercado em
retração, igual a 50 pontos mercado estagnado, e superior a 50 pontos é
considerado mercado em crescimento.
O Índice mostra que, após um período de baixa e estagnação até agosto de 2018, no
segundo semestre até o início de 2019, há uma boa recuperação, apesar de voltar a
desacelerar em fevereiro novamente. “Sentimos que há uma certa preocupação e
cuidado dos supermercadistas em demonstrar mais otimismo com o mercado.
Mesmo havendo recuperação do ano passado pra cá, cautela parece ser uma
palavra boa para definir a confiança neste momento”, pondera Marco.
Bens duráveis
A GfK também mediu o comportamento de algumas categorias de produtos de bens
duráveis vendidos nos super e hipermercados brasileiros. Os eletroeletrônicos
tiveram um aumento de 5,7% em faturamento no ano de 2018, mostrando uma
recuperação mesmo ao longo da crise. Os portáteis têm um crescimento contínuo
em volume de vendas ano após ano.
Destaque para secadores de cabelo com 8% de crescimento e cafeteiras com 3%.
Telefonia continua sendo uma categoria muito importante na cesta de bens
duráveis, principalmente em relação ao faturamento, com uma representação de
quase 40% da venda de eletrônicos.
Fonte: Newtrade