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Rotativdade de colaboradores no varejo atinge quase 40%
Um dos maiores problemas enfrentados pelo varejo nacional é o da rotatividade (ou turnover): o velho “entra-e-sai” de funcionários. O movimento é danoso para qualquer setor. Primeiro por conta dos custos: tanto a entrada, quanto a saída constante de funcionários envolve recursos. Segundo porque quando um funcionário sai, é um conhecimento que a empresa perde. E leva-se tempo, e mais recursos, para que outro funcionário alcance o mesmo nível de conhecimento daquele que saiu. Como ainda é visto como um setor de primeiro emprego, o varejo tem um alto porcentual de perda de funcionários. Segundo o Ranking NoVarejo Brasileiro 2016, esse porcentual foi de 38,5% em 2015.
“Um alto índice de rotatividade implica maiores gastos trabalhistas e, também, com treinamento de novos colaboradores contratados. Por esse motivo, as empresas buscam manter baixo o índice de turnover, o que nem sempre é fácil”, afirma Eduardo Bueno, economista e analista do CIP – Centro de Inteligência Padrão, que conduziu o ranking.
O índice já é alto, mas promete aumentar. “Pode-se sugerir que este número aumentará, visto que a crise econômica em curso tem ceifado empregos e derrubado o desempenho varejista”, afirma Bueno. O porcentual de rotatividade é alto, apesar do investimento do setor em treinamentos. Em 2015, as empresas varejistas investiram, em média, 1,05% do seu faturamento líquido em treinamento.
E os investimentos devem ser cada vez maiores. Segundo o estudo, o desenvolvimento e treinamento dos funcionários é a principal prioridade do setor para o crescimento futuro: 89,7% das empresas contempladas no ranking deste ano afirmaram que o item é prioridade. Em relação a 2014, houve crescimento de 2,8% no quadro de funcionários das empresas varejistas. Apenas nas lojas, a variação do número de funcionários foi de 1,9%. Para tentar reter a mão de obra, o varejo investe em benefícios como auxílios, plano de saúde, cursos e seguros.
Fonte: Portal No Varejo