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Shoppings dedicam atenção aos pets e elevam fluxo de clientes nos espaços
Com o objetivo de elevar o fluxo de consumidores e ampliar o leque de parcerias
comerciais dentro dos empreendimentos, os shopping centers brasileiros
intensificam a inauguração de novos espaços para receber pets de clientes.
“Muitos brasileiros consideram e tratam os animais de estimação como se fossem
membros da família. A partir do momento em que o shopping impede a entrada de
qualquer tipo de pet está perdendo também os consumidores de entrar no local”,
explicou o sócio-diretor da consultoria GS&Malls, Luiz Alberto Marinho.
De acordo com ele, o movimento atual está se intensificando por conta de uma
“mudança inevitável” e que deve atingir a maioria dos empreendimentos nos
grandes centros urbanos. “Com isso, os shoppings brasileiros reforçam também a
imagem de que não são negócios voltados apenas para o varejo, mas, sim, um
centro de convivência que oferece serviços”, argumentou ele.
Um dos exemplos de iniciativas dessa natureza é o Tietê Plaza Shopping, localizado
na capital de São Paulo que passou a permitir a entrada de pets desde a inauguração
do empreendimento, em 2013. “Encontramos uma oportunidade nessa região que é
composta em maior parte por residências com animais. Vamos focar daqui para
frente na implementação de serviços”, afirmou a diretora de marketing do
empreendimento, Fátima dos Santos.
A executiva exemplifica essas iniciativas afirmando que houve a criação recente de
um espaço voltado para receber esses animais enquanto os donos vão ao cinema ou
até a praça de alimentação. “A expectativa é que aumente a fidelização do cliente
atual oferecendo mais uma comodidade. Recebemos por volta de dois mil pets
mensalmente”, afirmou ela. No local, existem materiais de limpeza para o dono
limpar as necessidades básicas do animal. Caso o pet faça as necessidades no
corredor, a equipe do shopping realiza a limpeza.
Nesse sentido, o especialista da GS&Mall afirma que muitas vezes é melhor o
shopping center reajustar a logística de limpeza dos corredores do que perder o
fluxo de consumidores no longo prazo. “Alguns cuidados devem ser tomados com a
permissão de entrada de animais, como por exemplo a segurança dos animais e
também a limpeza do ambiente”, argumentou Marinho.
Além disso, a diretora de marketing do shopping lembra que a criação do espaço
pode ser uma porta de entrada para o estabelecimento de parcerias com marcas do
universo pet. “O interesse de redes do segmento em entrar no empreendimento
acaba sendo uma consequência da criação desse espaço. Com isso, essas marcas
também podem aproveitar o espaço para divulgar o lançamento de produtos”,
complementou e executiva. Números em relação à expectativa de aumento do
tíquete médio e também a vacância do shopping não foram divulgados.
Outro exemplo de posicionamento nesse sentido foi a administradora de shopping
centers Partage Shpping. “Após um longo período de estudo sobre o assunto, vimos
a oportunidade de oferecer aos clientes produtos paralelos à permissão de entrada
de animais em nossas unidades”, explicou o diretor de marketing da administradora,
Júlio Macedo.
Ainda de acordo com ele, a medida foi muito importante para atrair redes de
petshop para dentro dos empreendimentos, uma vez que essa demanda ocorria por
parte dos clientes em todos os complexos administrados pelo grupo.
“Atualmente, temos quatro shopping centers com essa proposta voltada para os
pets. Até o final do ano nosso objetivo é implementar isso em todos os
empreendimentos”, argumentou o executivo, ressaltando que a implementação
deve ocorrer rápido em virtude da “forte demanda”. Ainda segundo ele, as regiões
de Campina Grande (PB), Paraupebas (PA), Rio Grande (RS), São Gonçalo (RJ) e
também Natal (RN) devem ser as regiões com maior fluxo de animais e de
consumidores dentro dos empreendimentos. “Nossa expectativa é também que
essas praças sejam atrativas também para redes de petshops e produtos e serviços
relacionados ao setor”, complementou o executivo.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria