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Varejo deve ganhar 5,4 mil novas lojas até o fim de 2019
Apesar do saldo positivo no primeiro semestre deste ano, o ritmo de
expansão do número de pontos de vendas desacelerou frente aos dois
últimos períodos (4,9 mil na primeira metade de 2018 e 6,7 mil nos últimos
seis meses do ano)
Segundo levantamento sobre varejo da Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo (CNC), até dezembro serão abertas 5,4 mil lojas
no país, totalizando 8,7 mil novos pontos comerciais com vínculos
empregatícios em 2019 – no estudo também foi contabilizada a criação de
3.328 estabelecimentos varejistas nos seis primeiros meses do ano. Se
confirmada a previsão, contudo, a expansão do setor ainda seria menor do
que em 2018 (11,7 mil).
Apesar do saldo positivo no primeiro semestre deste ano, o ritmo de
expansão do número de pontos de vendas apresentou desaceleração frente
aos dois últimos períodos (4.999 na primeira metade de 2018 e 6.730 nos
últimos seis meses do ano). De acordo com o economista da CNC Fabio
Bentes, o resultado mais recente é “reflexo do fraco nível de atividade da
primeira metade de 2019”.
Em relação à intenção de investimento de varejistas – referente a ampliação
ou abertura de lojas -, setembro de 2019 aparece como o melhor resultado
(45,8%) em comparação com o mesmo mês dos últimos quatro anos. Os
empresários de Amapá (65,7%), Tocantins (59,3%) e Rondônia (58,0%)
registraram maior propensão a investir no setor.
Dentre os pontos de venda inaugurados no primeiro semestre de 2019,
destacam-se os segmentos de hiper e supermercados (+2.716); lojas de
utilidades domésticas e eletroeletrônicos (+450); e farmácias, drogarias e
perfumarias (+397). A abertura de lojas ocorreu em seis dos dez segmentos
do varejo. Os estabelecimentos especializados na venda de materiais de
construção foram os que mais fecharam as portas (-456).
A abertura de estabelecimentos comerciais foi verificada em 14 estados do
país, com destaque para São Paulo (+1.134); Paraná (+713); Mato Grosso
(+576). Por outro lado, Rio de Janeiro (-110); Bahia (-260); Ceará (-313)
foram os que mais tiveram fechamento de estabelecimentos.
Especificamente em relação às vendas, a CNC projeta, para 2019,
crescimento de 4,6% (em 2018, houve avanço de 5,0%).
“O saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos tende a
acompanhar a evolução das vendas, mesmo que com alguma defasagem”,
ressalta Fabio Bentes, economista da Confederação.
Fonte: Diário do Comércio