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Vendas dos supermercados caem 5,12%
As vendas do setor supermercadista do Brasil caíram 5,12% em fevereiro na
comparação com janeiro, descontada a inflação, mas avançaram 2,05 na
comparação anual, informou ontem a associação que representa o setor, Abras.
No acumulado do primeiro bimestre, o faturamento teve avanço real de 2,51%,
segundo os dados da entidade. Considerando a queda das vendas de fevereiro como
“leve” ante janeiro, a Abras afirmou que o resultado apresentado no período foi “o
melhor registrado para o mês nos últimos dois anos”.
“A economia ainda segue em ritmo lento e o desemprego continua com taxa
elevada, de 12,4%, e isso impacta no consumo da população, que tem ponderado
seus gastos”, disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, em nota. Segundo ele,
a projeção da entidade para as vendas do setor em 2019 é de crescimento de 3%.
Cesta
Em fevereiro, a cesta de produtos Abrasmercado, indicador que mapeia o valor
cobrado de alguns dos itens mais vendidos nas gôndolas registrou alta de 2,12%,
passando de R$ 465,57 para R$ 475,44. No acumulado dos últimos 12 meses
(fevereiro 2019/fevereiro 2018), a cesta apresentou alta de 7,35%.
Segundo a Associação, as maiores quedas de preço no mês de fevereiro foram
registradas em produtos como: tomate (-6,5%), frango congelado (-1,8%), arroz (-
1,6%) e cebola (-1,6%). Já as maiores altas foram nos itens: feijão (48%), batata
(32,8%), farinha de mandioca (6,8%) e leite longa a vida (6,6%).
Na análise realizada por Região do País, em fevereiro, todas apresentaram alta nos
preços da cesta Abrasmercado. De acordo com o relatório da Associação, a maior
variação verificada foi observada na Região Norte, 3,29%, chegando a R$ 505,34, e o
menor valor da cesta foi registrado na Região Nordeste, R$ 427,09.
Abril mais forte
Com o Carnaval ficando para março, as vendas do varejo supermercadistas devem
apresentar um resultado mais forte na comparação com 2018. Na sequência, as
gôndolas recheadas para a Páscoa devem dar às redes um fôlego maior para tentar
sustentar um crescimento mais longo nas vendas.
De olho nesse potencial, algumas varejistas já fizeram suas apostas. Com forte
atuação em Minas Gerais e Goiás, na rede Bretas, por exemplo, a expectativa é de
vender 38 toneladas de chocolate. Já a Cooperativa do Consumo (Coop), forte no
ABC Paulista e interior, espera vendas 11% maiores este ano, com alta de 15% no
volume de pedidos à indústria e reforço das ofertas nas gôndolas.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria