A reunião do Comitê de Política Monetária, Copom, ocorrida esta semana, decidiu manter sem alteração a taxa básica de juros da economia, a conhecida taxa Selic. Assim, o Banco Central comunicou que a taxa Selic permanecerá no patamar de 14,25%. Este índice está igual desde julho do ano passado, portanto há um ano. Embora estacionada, a taxa ainda é alta. Basta lembrar que o Brasil é o líder no ranking mundial de juros reais, de acordo com o MoneYou e pela Infinity Asset Management. A perspectiva de queda do índice da taxa Selic não está somente atrelada ao combate à persistente inflação. A expectativa é que o governo federal, a partir de medidas práticas para as mudanças econômicas, possa alterar o rumo desta alta, transformando o cenário incerto em uma nova realidade. E também temos que destacar que o combate à inflação e retomada do crescimento não se faz com aumento de taxas, juros e impostos. Se esta fórmula se repetir, a queda da atividade econômica será um fato e não podemos conviver com mais este peso na alta carga tributária. O mercado, embora mais bem humorado, assim como a expectativa positiva da sociedade para que as coisas mudem, só ficará mais tranquilo com o fim das questões políticas que o Brasil atravessa e que, esperamos, tenha uma solução definitiva no mês de agosto com a apreciação do impeachment pelo Senado. Com a decisão do Senado, a sociedade tem esperança que o país consiga zerar a crise que paralisa atualmente o Brasil.