A crise sanitária da Covid-19, desencadeada em março no Brasil, atingiu em cheio todos os segmentos da economia nacional e foi ainda mais danosa para quatro setores: comércio, turismo, eventos e transporte. Em Chapecó, o comércio tem se adaptado à nova realidade imposta pela pandemia, com atendimento às medidas de prevenção e reorganização da rotina e do planejamento anual.
O presidente da CDL Chapecó, Clóvis Afonso Spohr, reforça que o setor está buscando estratégias para amenizar os impactos da crise e destaca a capacidade de resiliência e superação dos empresários locais. “Desde o início da crise, os nossos lojistas não estão medindo esforços para cumprir as medidas preventivas, garantir segurança e contribuir na conscientização da população no município. Acredito na capacidade de resiliência e no poder de superação dos empresários que, mesmo diante das dificuldades impostas, estão buscando alternativas para manter seus negócios e os milhares de empregos que geram. A retomada da economia será lenta, mas ela virá”, ressalta.
A empresária Rosângela Pacheco (Stilo Vip/Nakisska) intensificou o uso das redes sociais para atrair clientes na sua loja de confecções voltada ao público feminino. Com posts que indicam looks completos e vídeos de combinações de roupas no Instagram, o estabelecimento alcançou vendas em todo o Brasil, com destaque para novos clientes da região e de fora do Estado como em Minas Gerais, Salvador e Bahia.
Outra opção que os lojistas estão encontrando para facilitar as vendas no período é a condicional. Rosângela entrega pessoalmente as peças a domicílio, encomendadas pelas clientes na cidade. Solange Miranda, da Loja Tigre Modas, tem serviço diferenciado de motoboy. Ela anuncia os produtos nas redes sociais e envia as peças selecionadas para os clientes interessados. A estratégia tem garantido vendas no período de retração.
Ter fluxo de caixa e estar preparado para eventuais problemas são as lições da crise para a empresária Vera Maria De Marco Mascarello (Verità Moda). Ela atua no segmento de lingerie e moda praia e também sentiu os impactos da pandemia, apesar de pijamas, roupões, chinelos e roupas íntimas venderam bem no período de isolamento social e de home office. Mesmo assim, março e abril registraram queda de 30% nas vendas. A loja também apostou nas vendas condicionais, com entrega a domicílio, intensificadas pela maior exposição dos produtos na internet.