Acompanhando a expectativa do mercado e a previsão de analistas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promoveu mais uma redução da taxa básica de juros da economia brasileira, que agora passa de 8,25% para 7,5% ao ano. A recuperação da economia, lenta mas em pleno andamento, e o controle da inflação proporcionaram elementos suficientes para a decisão do Copom, medida que foi tomada por unanimidade. A desaceleração da inflação contribui para a retomada da confiança e permite mais segurança dos consumidores na hora de ir às compras devido à estabilização dos preços. Os números mostram esta tendência. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, no acumulado de 12 meses, em setembro, ficou em 2,54%, abaixo do limite mínimo da meta do governo, que é de 4,5%. Já com relação à Taxa Selic, a perspectiva é que em janeiro a redução chegue a 6,75% batendo mais um recorde histórico. A conjuntura econômica é influenciada também pelas decisões políticas e, neste sentido, ainda existem discussões no Congresso sobre ajuste fiscal e Reforma da Previdência que necessitam de uma velocidade maior para sua tramitação e deliberação. De qualquer forma, o cenário atual é bem mais favorável do que há poucos meses, quando convivíamos com recessão e inflação alta. A recuperação gradual da economia pode contribuir para acelerar a agenda de reformas de que o país tanto precisa.