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Badesc tem R$ 280 milhões para emprestar em 2021

Após fechar 2020 com volume recorde de operações de crédito, um total de R$ 273 milhões, a Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc) projeta emprestar em 2021 cifra um pouco maior, de R$ 280 milhões, que pode ainda ser ampliada no segundo semestre. A informação é do presidente da instituição, Eduardo Machado. Segundo ele, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda, está discutindo a possibilidade de oferecer novas linhas de crédito, com taxas mais acessíveis, mas ainda não há uma proposta definida.
O presidente do Badesc informa que do montante de R$ 280 milhões, R$ 100 milhões virão de recursos próprios, mais R$ 100 milhões do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) do governo federal e R$ 80 milhões do BNDES. Como os contratos com o BNDES são semestrais, será possível contratar mais R$ 80 milhões no segundo semestre. O Fungetur é a linha mais acessível porque cobra taxa de 5% ao ano mais taxa Selic, oferece 12 meses de carência e 36 meses para pagar.
De acordo com Eduardo Machado, uma das surpresas positivas deste ano é a rapidez na concessão de empréstimos do programa Recomeça SC, para atingidos pela enchente em Presidente Getúlio e outros municípios da região. Graças ao uso do Fundo de Aval (FAE-SC), as liberações de empréstimos estão sendo realizadas em cerca de 10 dias, um prazo muito menor do que o usual em bancos. Até o momento, foram emprestados R$ 25 milhões.
Para atender todo o Estado em março do ano passado, quando começou a pandemia, o Badesc ofereceu uma linha especial de crédito de R$ 50 milhões. Mas essa oferta foi muito inferior à demanda. No final do ano, a instituição emprestou R$ 273 milhões, sendo R$ 215,3 milhões ao setor privado. A outra parte foi obtida pelo setor público e agências de microcrédito.
– Um fato interessante: 2020 foi o ano em que fizemos 695 operações de crédito e, dessas, 679 foram para o setor privado. Isso significa quase 2,7 vezes mais do que o melhor resultado da história da instituição. Além disso, do total emprestado ao setor privado, 60% das operações foram destinadas para micro e pequenas empresas. Nossas equipes trabalharam em home office muito mais do que faziam quando estavam presencialmente na agência – revelou o presidente do Badesc.
O socorro às empresas não ficou apenas na liberação de crédito. Outro ponto alto foi a repactuação de dívidas. Empresas do comércio e indústria postergaram pagamento de prestações de empréstimos por seis e 12 meses. Essa repactuação foi concedida pelas instituições financiadoras como o BNDES e a Finep e repassadas pelo Badesc.
Fonte: Estela Benetti, NSC