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Brasileiros conversam mais sobre orçamento familiar em casa

Os lares brasileiros estão enfrentando uma nova realidade com relação a discussão do orçamento familiar em casa. É o que aponta a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). Os dados mostram que dos 804 consumidores participantes, 85% costumam falar dos gastos com os familiares, sendo que metade trata do assunto frequentemente. Já 79% tomam decisões relacionadas às despesas domésticas em conjunto com todos da família. Apenas 21% dizem conversar quando a situação financeira não está boa e 15% assumem não tocar no assunto.
Um dado que chama a atenção é que 51% diz manter os ganhos em contas separadas, administrando suas finanças individualmente. Outros 25% possuem conta conjunta envolvendo o rendimento de todos, em 19% dos casos, cada um separa parte do salário para guardar na conta única da família e faz o que quiser com o restante do dinheiro.
A respeito da reserva financeira e o que os casais pensam sobre o assunto, 23% dizem que nunca possuem sobras no orçamento familiar, sendo toda a renda empregada em contas básicas. Quando resta algum valor, o recurso é destinado para uso pessoal, em 17% dos casos. Para outros 17%, o dinheiro fica guardado para gastos do mês seguinte, enquanto 15% direcionam para poupança ou algum tipo de investimento pessoal e outros 15% guardam o valor que sobra em um investimento da família.
Ainda de acordo com o estudo, 79% dos brasileiros que moram com familiares tomam decisões sobre os gastos em conjunto com todos da casa. Já 21% afirmam que a última palavra cabe a um único morador. No que diz respeito ao uso do próprio dinheiro no dia a dia, 91% disseram tomar as próprias decisões.
A pesquisa ainda apresenta que 46% dos casais costumam brigar por questões ligadas a dinheiro; gastos além das condições financeiras estão entre os principais motivos para as desavenças; e que três, em cada dez entrevistados, contam ao parceiro apenas parte das compras que fazem; principais itens omitidos são roupas e calçados
Metodologia
Foram entrevistados 804 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais, sendo que continuaram a ser ouvidos 90% dos consumidores que residiam com seus familiares. A margem de erro no geral é de no máximo 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/pesquisa/6153