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Filhos influenciam pais na escolha dos presentes de Natal

A chegada do mês de dezembro é tradicionalmente acompanhada pela expectativa com o Natal, que movimenta o comércio e também faz a alegria das crianças. Um levantamento nacional realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que, em metade dos casos (50%), os filhos participam, em alguma medida, do processo de escolha dos presentes que receberão dos pais. Segundo a pesquisa, 41% dos pais compartilham com os filhos a decisão de que presente levarão para casa, ao passo que outros 9% deixam as crianças decidirem sozinhas o presente que ganharão. Já 47% dos entrevistados centralizam a decisão, sem permitir a participação dos filhos no processo de compra.
Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o envolvimento da criança no processo de escolha dos presentes pode ser saudável para a formação das crianças e uma oportunidade para ensinar noções básicas de educação financeira aos filhos. “Uma boa alternativa para os pais saberem lidar com os desejos e frustrações dos filhos é pedir a criança ou adolescente que faça uma lista daquilo que espera receber, podendo colocar vários presentes como opção, mas que respeitem um determinado limite de valor. Dessa maneira, os filhos percebem que essa não é uma decisão exclusiva deles, mas que precisa ser feita em acordo com os adultos, que trabalham e têm o controle do dinheiro dentro de casa”, explica o educador.
A pesquisa ainda revela que alguns pais costumam tomar atitudes extremas para garantir que os filhos não fiquem sem os presentes de Natal desejados. Pelo levantamento, 8% dos pais entrevistados admitem que deixarão de pagar alguma conta para satisfazer a vontade dos filhos neste Natal, sendo que 5% não sabem ao certo qual conta vão atrasar o pagamento, e outros 3% admitem abrir mão de quitar a fatura do cartão de crédito.
Para o educador financeiro José Vignoli não é justificável que pais e mães acabem se complicando financeiramente para satisfazer as vontades das crianças. “O exemplo precisa vir de cima. Atitudes com essa colocam a situação financeira da família em risco e podem fazer com que muitos iniciem um novo ano no vermelho. O recomendável é sempre comprar um presente de Natal que corresponde à realidade financeira da família”, alerta.
Metodologia
Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%.
Com informações: CNDL