A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Anitápolis deu um passo importante na construção de uma cultura de segurança colaborativa ao anunciar, nesta semana, a implantação da Rede de Vizinhos Comercial, em parceria com a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). A iniciativa será voltada exclusivamente ao setor comercial do município e marca o início de uma nova fase na relação entre lojistas e forças de segurança pública.
A apresentação oficial do programa ocorreu na quarta-feira (17), durante reunião da CDL, e contou com a presença de 18 comerciantes, além da Cabo Mônica, do Sargento Carlos e do Cabo Firmino, representantes da PM local. A Rede de Vizinhos é uma metodologia reconhecida dentro da filosofia de polícia comunitária e tem se mostrado eficaz na prevenção de crimes em diversas cidades catarinenses.
“Essa parceria é sobre confiança, proximidade e responsabilidade compartilhada. O comerciante passa a ser parte ativa da segurança da sua rua, do seu bairro, e a PM atua como parceira e orientadora nesse processo”, explicou o Sargento Carlos durante o encontro.
Diferente de ações informais de vigilância entre vizinhos, a Rede de Vizinhos da PMSC segue uma metodologia estruturada, com etapas de diagnóstico, capacitação e uso de canais de comunicação oficiais entre os participantes e a corporação. O projeto catarinense é inspirado em experiências internacionais consolidadas, como o Neighbourhood Watch do Reino Unido e dos Estados Unidos, adaptado à realidade local por meio do Procedimento Operacional Padrão (POP) nº 113 da PM.
A CDL Anitápolis, ao abraçar a proposta, se torna ponto de apoio e articulação para o sucesso da rede. “Trata-se de uma ação que vai além da segurança. É sobre fortalecimento do comércio, da comunidade e da cidadania. Estamos muito orgulhosos de dar esse passo ao lado da Polícia Militar”, afirmou um representante da entidade.
Um diferencial importante é que comerciantes não associados à CDL também poderão participar da rede, ampliando o alcance da ação e promovendo maior integração entre todos os agentes econômicos da cidade.
As próximas etapas incluem o mapeamento dos estabelecimentos interessados, capacitações iniciais e instalação de materiais de identificação visual nos pontos participantes. “Não estamos apenas reagindo à insegurança, estamos criando um novo modelo de convivência e proteção mútua”, reforçou a Cabo Mônica.
A expectativa é que a iniciativa sirva de inspiração para outras CDLs do estado, mostrando que segurança pública também pode (e deve) ser construída a muitas mãos.
