A falta de velocidade na recuperação da economia vem se refletindo em algumas previsões do mercado. No boletim divulgado pelo Banco Central, conhecido como relatório “Focus” o crescimento do PIB para este ano reduziu de 1,71% para 1,70%, a nona queda consecutiva do Indicador, mostrando que a revisão para baixo é reflexo das incertezas que ainda cercam o mercado e investidores com relação às reformas que ainda não aconteceram, que é o caso da Previdência, do desemprego que ainda não reduziu significativamente e dos juros altos. A inflação sob controle não é suficiente para aquecer a atividade econômica. Por isso, a aceleração da votação da Reforma da Previdência é tão prioritária, pois gerará mais equilíbrio nas contas públicas, além de proporcionar mais segurança e mais disposição para investir e consumir, girando a roda da economia. O cenário é de cautela, mas é preciso, paralelamente, trabalhar e acreditar em dias melhores. A próxima data comemorativa, o Dia das Mães celebrado em maio, poderá ser um sinalizador de como as vendas se comportarão no restante do ano. Por ser a segunda data do comércio e serviços, um discreto otimismo nos leva a crer que o resultado será positivo e poderá servir de impulso para o mercado se movimentar e trilhar um novo caminho de recuperação.