A decisão do Congresso em derrubar o veto do Presidente Bolsonaro à desoneração da folha de pagamentos de empresas de 17 setores da economia até 2021, é uma decisão equilibrada e madura, fruto do entendimento dos parlamentares que é preciso manter e gerar empregos, pois ainda atravessamos o difícil período da pandemia. O modelo de desoneração mantido permite às empresas optar por contribuir para a Previdência Social com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de recolher 20% sobre a folha de pagamento. Havia uma certa apreensão, pois se o benefício não fosse prorrogado para o próximo ano poderia acarretar em demissões. A manutenção desta opção para as empresas contribui para o crescimento econômico do país, em um momento de tantas perdas. É consenso que ainda necessitamos construir uma ampla e justa reforma tributária, mas enquanto ela não vem é preciso manter ou até criar mecanismos para que o setor produtivo possa continuar sobrevivendo, com incentivo ao desenvolvimento de atividades com segurança, planejamento, num ambiente sem sobressaltos, focando a direção para a geração de oportunidades de trabalho, renda e atendimento às demandas do mercado.